:
O traficante conhecido como “Testa de Ferro”, apontado como gerente da comunidade São Simão, em Queimados, e integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), foi julgado pelo tribunal do tráfico. Ele é acusado de ter executado o jovem Kauan Galdino de forma brutal durante um baile na comunidade, após uma discussão fútil que começou porque a vítima teria pisado em seu pé.
( traficante Testa de Ferro)
O crime, que chocou moradores locais e provocou indignação, aconteceu há algumas semanas em um evento que reunia dezenas de pessoas. Segundo testemunhas, a reação violenta do traficante foi imediata e desproporcional. Kauan, de apenas 20 anos, não teve chances de se defender e foi morto na frente de amigos e outros frequentadores do baile, que ficaram em estado de choque.
Após o episódio, “Testa de Ferro” passou a ser alvo de rumores de insatisfação dentro da própria facção. Fontes próximas à comunidade relataram que o caso repercutiu negativamente, expondo a violência descontrolada do traficante e colocando em risco a estabilidade do grupo criminoso na região. A pressão interna foi tamanha que os líderes do Comando Vermelho decidiram convocar o tribunal do tráfico, uma espécie de julgamento interno realizado por membros da organização, para avaliar as ações do gerente.
De acordo com informações obtidas por fontes locais, o tribunal concluiu que “Testa de Ferro” ultrapassou os limites ao executar Kauan, um ato que poderia ter sido evitado ou resolvido de outra forma. Como resultado, o traficante foi punido severamente pela própria facção. Rumores apontam que ele teria perdido o comando na comunidade e que pode enfrentar represálias ainda mais graves, como transferência para outra área ou até a morte.
Esse episódio escancara a brutalidade e a lógica implacável do tráfico de drogas, onde até mesmo os criminosos estão sujeitos a punições extremas por desobedecerem às regras internas. Para os moradores da comunidade São Simão, no entanto, o desfecho do caso é apenas mais um capítulo da rotina de medo e violência que enfrentam diariamente.
Enquanto isso, a polícia segue investigando o crime e busca por mais informações que possam ajudar na captura de “Testa de Ferro” e de outros envolvidos. Autoridades destacam que a comunidade deve denunciar qualquer atividade suspeita, mas reconhecem que a pressão e as ameaças do tráfico dificultam a colaboração da população.
O assassinato de Kauan Galdino serve como um triste lembrete da vulnerabilidade dos jovens em áreas dominadas por facções criminosas, onde vidas são tiradas por motivos banais e onde a justiça muitas vezes é substituída pela lei do mais forte.