Na madrugada deste domingo, por volta de 1h da manhã, a comunidade do Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de mais um episódio de violência urbana. Traficantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) invadiram a região e conseguiram executar um homem apontado como integrante da milícia que atua na área.
De acordo com relatos de moradores, a invasão aconteceu de forma coordenada, com diversos criminosos fortemente armados circulando pelas ruas da comunidade. O miliciano, que já era alvo dos traficantes há algum tempo, foi surpreendido e morto. Ele havia escapado de uma tentativa anterior no dia 9 de novembro do ano passado, quando foi atacado enquanto realizava cobranças em estabelecimentos comerciais locais.
Na ocasião, vídeos que circularam nas redes sociais mostraram o momento da fuga desesperada do miliciano, que conseguiu se esquivar do cerco montado pelos criminosos do tráfico. As imagens, que repercutiram amplamente na época, agora voltam a ganhar destaque diante da sua execução na madrugada de hoje.
Domínio territorial e guerra entre facções
A morte do miliciano evidencia a guerra territorial travada entre facções criminosas no Rio de Janeiro, principalmente na Zona Oeste, onde milicianos e traficantes disputam o controle de áreas estratégicas para extorsões e o tráfico de drogas. A comunidade do Catiri, historicamente controlada pela milícia, tem sido alvo constante de tentativas de tomada por traficantes do Comando Vermelho, que buscam expandir sua atuação na região.
Segundo informações extraoficiais, os traficantes que participaram da invasão desta madrugada vieram de comunidades próximas e utilizaram motos e carros para acessar pontos estratégicos da favela. O ataque gerou pânico entre os moradores, que se viram obrigados a se trancar em suas casas durante a madrugada para evitar serem atingidos no fogo cruzado.
Reforço policial e clima de tensão
Após o ataque, equipes do 14º BPM (Bangu) foram acionadas para reforçar o policiamento na área, mas até o momento não há informações sobre prisões ou apreensões relacionadas ao caso. O clima na comunidade segue tenso, e comerciantes locais já demonstram preocupação com possíveis represálias.
Moradores afirmam que o cenário de violência tem impactado diretamente a rotina da região, afetando desde o funcionamento do comércio até a circulação de pessoas. “Aqui a gente vive com medo constante. Um dia é milícia, no outro é tráfico, e nós que moramos aqui ficamos no meio desse fogo cruzado”, relatou um morador que preferiu não se identificar.
A Polícia Civil investiga o caso e analisa imagens de câmeras de segurança da região para identificar os responsáveis pelo ataque. Enquanto isso, moradores seguem em estado de alerta, temendo novos confrontos entre milicianos e traficantes nos próximos dias.
Assista aos vídeos do caso anterior e relembre a fuga do miliciano:
(Insira aqui os links ou informações sobre os vídeos compartilhados anteriormente.)
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