Na manhã de ontem, o Morro da Barão, localizado na Praça Seca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de um episódio de extrema violência e traição, resultando na morte de dois traficantes que estavam ligados à facção Comando Vermelho (CV). Os criminosos, conhecidos como Trakinas e 2P, foram executados pelos próprios aliados, após um desentendimento com um dos chefes da comunidade.
De acordo com fontes policiais, Trakinas e 2P estavam envolvidos diretamente no conflito com a facção rival Milícia, especialmente no bairro Renascer, onde a disputa pela supremacia territorial se intensificou nos últimos meses. Durante esse período de confrontos, os dois traficantes começaram a demonstrar um comportamento que, para alguns membros do CV, indicava uma possível traição ou falta de comprometimento com os objetivos da facção.
A tensão interna no Morro da Barão aumentou quando um dos líderes do CV acusou os traficantes de deslealdade, principalmente pela atuação deles junto aos milicianos. Em um sistema tão rígido e violento como o do tráfico de drogas, qualquer sinal de traíção é tratado com extrema severidade, e, neste caso, a decisão foi fatal.
O confronto entre os traficantes e seus próprios comparsas aconteceu em um local estratégico dentro do morro, onde a facção exerce controle sobre o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas. A execução de Trakinas e 2P gerou um clima de medo entre os moradores, que temem a intensificação da violência na região. A morte de ambos traz à tona as disputas internas que marcam a dinâmica das facções criminosas no Rio de Janeiro, onde a lealdade é constantemente testada e a vingança é quase sempre uma consequência inevitável.
Ainda não há informações sobre os responsáveis diretos pelas execuções, mas é sabido que, no tráfico de drogas, essas mortes são frequentemente acompanhadas de mensagens de poder, com o objetivo de reafirmar a autoridade dos líderes da facção. Enquanto isso, as forças de segurança pública seguem monitorando a região, cientes de que o Morro da Barão é uma das zonas mais conflituosas e dominadas por facções no Rio.
O episódio no Morro da Barão é mais uma demonstração do quão implacável e violenta pode ser a luta pelo controle das comunidades do Rio de Janeiro, onde a guerra entre facções continua a ceifar vidas e a afetar milhares de pessoas que vivem em meio a esse cenário de terror. A situação na Praça Seca e em outras áreas da Zona Oeste segue tensa, com moradores pedindo por mais ações efetivas para restaurar a paz e a segurança na região.
