Uma cena de horror chocou pacientes e funcionários de um consultório médico em Santos, litoral de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (8). Uma mulher foi brutalmente assassinada a facadas pelo próprio companheiro, um sargento da Polícia Militar, durante uma consulta médica. O crime aconteceu em plena luz do dia e também deixou a filha da vítima ferida por disparos de arma de fogo.
De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, o homem, que é sargento da ativa da PM, entrou armado no consultório onde a mulher estava em atendimento. Após uma discussão, ele sacou sua arma e efetuou disparos contra a vítima e a filha dela, que a acompanhava no momento da consulta. Em seguida, o agressor a atacou com uma faca, desferindo diversos golpes fatais.
A mulher, que ainda não teve o nome divulgado oficialmente, morreu no local antes que pudesse ser socorrida. A filha, baleada durante a ação, foi encaminhada às pressas para um hospital da região. Segundo as últimas informações médicas, ela passou por cirurgia e permanece internada em estado grave, porém estável.
O sargento foi preso em flagrante e encaminhado para uma unidade policial, onde prestou depoimento. A motivação do crime ainda está sendo investigada, mas há indícios de que o caso envolva questões relacionadas a violência doméstica. Vizinhos e conhecidos do casal afirmaram que a relação era conturbada, com histórico de brigas e ameaças.
A Polícia Militar de São Paulo informou, por meio de nota, que repudia veementemente qualquer ato de violência, especialmente praticado por um de seus integrantes. A corporação afirmou que o sargento será imediatamente afastado de suas funções e responderá criminal e administrativamente pelos seus atos. Um procedimento interno foi instaurado para apurar a conduta do policial.
O caso levanta novamente o alerta sobre a gravidade da violência contra a mulher e a urgência de ações mais eficazes de prevenção e proteção. Organizações de direitos humanos e coletivos feministas se manifestaram nas redes sociais cobrando respostas rápidas das autoridades e apoio às vítimas.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos está à frente das investigações. Testemunhas do crime já começaram a ser ouvidas, e imagens de câmeras de segurança da clínica poderão ajudar a esclarecer detalhes do ocorrido.
Enquanto isso, familiares e amigos da vítima tentam lidar com a dor e o trauma de uma tragédia anunciada, que poderia ter sido evitada com medidas protetivas mais eficazes.