Na noite desta quinta-feira (26), uma tragédia abalou a comunidade escolar do Jardim Maravilha, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um garoto autista, cuja identidade ainda não foi revelada, tirou a própria vida ao se jogar da caixa d’água da Escola Municipal Carlos Magno, que funciona no turno da noite.
O caso aconteceu por volta das 19h30 e mobilizou imediatamente equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Militar, que foram acionadas por funcionários da escola e por moradores da região. Os profissionais permaneceram no local por horas, isolando a área e prestando os primeiros atendimentos, embora já não houvesse o que pudesse ser feito para salvar a vida do adolescente.
A cena chocou profundamente alunos, professores, funcionários e pais que estavam no entorno da escola no momento do ocorrido. Segundo relatos preliminares, o jovem subiu até a estrutura da caixa d’água sem levantar suspeitas e, poucos minutos depois, cometeu o ato extremo. Ainda não se sabe como ele teve acesso à área superior do prédio, o que levanta questionamentos sobre a segurança no ambiente escolar.
Apesar da comoção, até o momento não há vídeos ou imagens do momento do ocorrido, o que tem aumentado a angústia e o sentimento de impotência entre os familiares e amigos. A Secretaria Municipal de Educação ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, e a escola permanece fechada nesta sexta-feira (27) como forma de luto e respeito.
Especialistas em saúde mental e inclusão escolar reforçam a importância de atenção redobrada à saúde emocional de estudantes, especialmente os que fazem parte do espectro autista. A ausência de acompanhamento psicológico adequado, o bullying escolar e a falta de políticas inclusivas efetivas podem ser fatores agravantes para episódios como este.
Moradores da região se reuniram em vigília na frente da escola por volta das 22h, com velas e cartazes pedindo mais apoio psicológico nas escolas públicas e clamando por respostas das autoridades. “É uma tragédia que poderia ser evitada. Precisamos cuidar melhor das nossas crianças e adolescentes”, afirmou uma moradora, visivelmente emocionada.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) deverá esclarecer detalhes sobre a morte. A expectativa da comunidade é que a escola adote medidas preventivas e que o município ofereça apoio psicológico aos colegas e funcionários impactados pelo ocorrido.
Se você ou alguém que você conhece está passando por um momento difícil, não hesite em procurar ajuda. O CVV – Centro de Valorização da Vida oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188, 24 horas por dia.