Uma tragédia chocou moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro na madrugada deste domingo (11). Uma mulher foi presa em flagrante em Realengo acusada de abandono de incapaz seguido de morte, após deixar seus dois filhos — um bebê de apenas 8 meses e um menino de 5 anos — sozinhos em casa para ir a um baile funk. Ao retornar, por volta das 8h30 da manhã, encontrou a filha sem vida. A perícia apontou sinais de sufocamento ou engasgo como possíveis causas da morte.
De acordo com as investigações, a mãe teria saído de casa por volta das 2h da madrugada. Antes de sair, preparou uma mamadeira e orientou o filho mais velho a alimentar a bebê durante sua ausência. Segundo a polícia, a residência foi encontrada em condições insalubres e inseguras para crianças, com acúmulo de sujeira, risco de acidentes e total ausência de supervisão. Moradores relataram que não era a primeira vez que a mulher deixava os filhos sozinhos durante a madrugada.
Testemunhas contaram que, ao chegar e encontrar o bebê desacordado, a mãe entrou em desespero e acionou vizinhos, que tentaram ajudar. No entanto, a criança já estava sem sinais vitais quando o socorro foi chamado. Policiais militares que atenderam a ocorrência confirmaram a gravidade da situação e efetuaram a prisão imediata da mãe.
O caso ganhou repercussão nacional após ser divulgado por veículos como CNN Brasil, G1 (via Correio 24 Horas), SBT News, O Dia, Terra, Folha do Leste e outros portais de notícias. Todos destacaram a negligência e o risco extremo a que as crianças foram expostas.
A mulher foi encaminhada à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde permanece presa. Ela deverá responder pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte, previsto no Código Penal, cuja pena pode chegar a até 12 anos de prisão.
O corpo da bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde exames vão confirmar a causa exata da morte. O irmão de 5 anos foi entregue ao Conselho Tutelar, que deve decidir sobre a guarda provisória.
O caso expõe, mais uma vez, a necessidade de reforçar a proteção à infância e a responsabilidade legal dos pais e responsáveis, já que a negligência pode ter consequências irreversíveis e devastadoras.