A cidade de Washington, DC, vive nesta terça-feira (12 de agosto de 2025) um clima de tensão e expectativa. Após dias de aumento nos episódios de violência e crimes na capital dos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump — que voltou a ocupar a Casa Branca em janeiro deste ano — assinou uma ordem declarando emergência na segurança pública e autorizando o envio da Guarda Nacional para atuar nas ruas.
A medida, segundo Trump, visa “restabelecer a ordem, proteger vidas e garantir que a capital da nação continue sendo um lugar seguro para todos os cidadãos e visitantes”. O decreto foi assinado no início da tarde e prevê que as tropas comecem a atuar já na noite desta terça-feira, realizando patrulhamento ostensivo, bloqueios e apoio às forças locais de segurança.
A decisão ocorre em meio a um aumento expressivo nos índices de violência, que incluem assaltos à mão armada, ataques a pedestres e vandalismo em áreas turísticas e comerciais. Autoridades locais já haviam solicitado reforço federal após a Polícia Metropolitana de DC reportar dificuldades em conter a escalada de crimes nas últimas semanas.
A prefeita da cidade, embora reconheça a gravidade da situação, demonstrou reservas quanto à presença da Guarda Nacional. “Estamos diante de um momento crítico, mas precisamos garantir que a atuação seja coordenada e respeite as liberdades civis dos moradores”, afirmou em entrevista coletiva.
Fontes ligadas ao Departamento de Segurança Interna informaram que o efetivo mobilizado pode chegar a 2.000 militares, que serão distribuídos em pontos estratégicos, como áreas próximas ao Capitólio, à Casa Branca e aos principais corredores comerciais. Helicópteros e drones também deverão ser utilizados para monitoramento aéreo.
Especialistas em segurança pública avaliam que a decisão é um passo drástico, mas que pode surtir efeito a curto prazo. “A presença visível da Guarda Nacional costuma ter um efeito dissuasório sobre a criminalidade. No entanto, é preciso lembrar que a violência urbana é fruto de problemas sociais mais profundos, que não se resolvem apenas com força militar”, destacou o professor de Criminologia da Universidade de Georgetown, Michael Harrington.
Trump, por sua vez, adotou um tom firme ao anunciar a medida. “Não vamos permitir que criminosos transformem a capital da nossa nação em um campo de batalha. Vamos agir com rapidez e força para restaurar a lei e a ordem”, declarou.
Com o início da operação previsto para as próximas horas, moradores e turistas aguardam para ver se a presença das tropas trará o alívio esperado ou se aumentará as tensões já existentes nas ruas de Washington, DC. O cenário, por ora, é de vigilância redobrada e incerteza sobre os próximos dias.