O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a chamar atenção da comunidade internacional com declarações surpreendentes sobre o Brasil. Em entrevista coletiva concedida no jardim da Casa Branca na última quinta-feira (1º de agosto de 2025), Trump declarou que “ama o povo brasileiro” e que o presidente Lula da Silva “pode ligar a qualquer momento” para discutir os recentes conflitos comerciais entre os dois países.
A fala ocorreu após questionamentos da imprensa sobre a recente decisão do governo norte-americano de impor tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, o que aprofundou ainda mais a crise diplomática entre os dois países. Trump criticou duramente o governo brasileiro, dizendo que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”, mas separou suas críticas da população: “O povo brasileiro é maravilhoso, tenho grande carinho por eles”.
A crise atual teve início em meados de 2025, com uma escalada de tensões comerciais, sanções dos EUA sobre autoridades brasileiras e divergências sobre os processos judiciais envolvendo Jair Bolsonaro, ex-presidente brasileiro e aliado político próximo de Trump. A Casa Branca, sob a liderança de Trump, vê as ações do governo Lula em relação a Bolsonaro como “politicamente motivadas”, enquanto Brasília classifica as sanções e tarifas como “inaceitáveis e intervencionistas”.
Durante a entrevista, Trump fez um gesto considerado conciliatório, ao afirmar que está aberto ao diálogo com Lula:
“Se Lula quiser resolver essa situação, ele pode me ligar a qualquer momento. Estou disposto a conversar, mas precisamos de respeito mútuo. O que o governo do Brasil fez recentemente foi um erro, mas isso pode ser corrigido”.
Apesar da abertura diplomática sugerida por Trump, o tom das declarações mantém a pressão sobre o governo brasileiro, reforçando a política externa agressiva que o ex-presidente norte-americano retomou desde sua volta ao poder.
A fala gerou repercussão imediata tanto no Brasil quanto nos EUA. Em Brasília, aliados de Lula avaliam que Trump tenta desestabilizar a política interna brasileira e fortalecer a base bolsonarista, enquanto analistas políticos nos EUA veem a atitude como mais um episódio da política transacional de Trump, onde elogios e ameaças caminham lado a lado.
📌 O que esperar?
A resposta oficial do Palácio do Planalto ainda não foi divulgada, mas fontes próximas ao governo indicam que Lula não pretende fazer contato direto com Trump no momento. Diplomatas brasileiros trabalham para reduzir as tensões comerciais e consideram recorrer a organismos internacionais para contestar as tarifas impostas.
Enquanto isso, cresce a expectativa sobre os próximos capítulos da já turbulenta relação entre Trump e Lula, marcada por interesses econômicos, rivalidades políticas e pressões geopolíticas.
