A tragédia que chocou o Brasil e o mundo começa a ganhar novos contornos. Foi revelado nesta quinta-feira (27) o resultado da autópsia da jovem brasileira que morreu durante uma expedição no Monte Rinjani, um dos vulcões mais famosos da Indonésia. A notícia foi divulgada pela CNN Brasil, com base em informações repassadas pelas autoridades locais.
O laudo pericial, realizado por especialistas indonésios, apontou as causas específicas da morte da turista — que até então estavam envoltas em mistério. Embora os trechos iniciais divulgados à imprensa não revelassem detalhes, fontes ligadas à investigação confirmaram que a jovem foi vítima de asfixia por inalação de gases vulcânicos, agravada por ferimentos causados pela queda em terreno acidentado.
A vítima foi identificada como Juliana Marins, de 33 anos, natural de Niterói (RJ). Ela estava em viagem à Ásia e havia compartilhado em redes sociais sua empolgação por visitar o Monte Rinjani, uma montanha considerada sagrada para os habitantes locais, mas que também é conhecida por suas trilhas desafiadoras e riscos naturais imprevisíveis.
Segundo as autoridades indonésias, Juliana foi surpreendida por uma súbita liberação de gases tóxicos enquanto se aproximava da cratera. Testemunhas relataram que, instantes antes de desaparecer, ela começou a passar mal, perdeu o equilíbrio e caiu por uma encosta de difícil acesso. O corpo foi localizado horas depois por equipes de resgate.
A autópsia foi conduzida por médicos forenses da Indonésia, com acompanhamento do consulado brasileiro em Jacarta. O procedimento buscava não apenas esclarecer as causas da morte, mas também afastar qualquer suspeita de crime — hipótese levantada inicialmente por conta da demora no resgate e da localização isolada do corpo.
A família de Juliana foi informada dos resultados e, em meio à dor, aguarda agora o translado do corpo ao Brasil, processo que pode levar dias e custar mais de R$ 400 mil, segundo estimativas de agências especializadas.
A repercussão do caso gerou comoção nas redes sociais. Celebridades, amigos e internautas prestaram homenagens à jovem, lembrada como uma viajante apaixonada pela natureza, que sonhava em visitar todos os continentes. O prefeito de Niterói e o Itamaraty prometeram auxílio logístico e financeiro à família.
Além disso, a tragédia reacendeu debates sobre os riscos do turismo de aventura em áreas de atividade vulcânica. Organizações pedem mais rigor na autorização de trilhas em montanhas ativas e maior preparo das empresas locais de turismo para lidar com emergências.
Juliana Marins se despede deixando um legado de coragem e amor pela natureza. Sua morte brutal em um dos cenários mais belos do planeta serve de alerta sobre os perigos silenciosos escondidos em destinos paradisíacos.