Em entrevista exclusiva ao jornal EXTRA, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, fez uma revelação preocupante: o governo dos Estados Unidos já tem informações de que o Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do Brasil, possui adeptos em território norte-americano.
Segundo Santos, a Secretaria de Segurança Pública do Rio está acompanhando as informações com atenção. “Estamos trabalhando nessa informação de inteligência, mas há indícios de que o CV já recrutou gente lá”, afirmou o secretário. A declaração levanta preocupações sobre a possível internacionalização da facção, que há décadas domina o tráfico de drogas e outras atividades ilícitas em diversas comunidades do estado.
A presença de facções criminosas brasileiras em outros países não é novidade. Relatórios de inteligência já indicaram, no passado, a atuação do CV e do PCC (Primeiro Comando da Capital) em países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia. Entretanto, uma possível infiltração nos Estados Unidos representaria um novo patamar de influência e alcance do crime organizado brasileiro.
Ainda não há informações detalhadas sobre a forma de atuação do Comando Vermelho nos EUA, mas especialistas em segurança acreditam que a facção pode estar explorando rotas internacionais de tráfico de drogas e armas. O mercado norte-americano é um dos mais lucrativos do mundo para o comércio ilegal de entorpecentes, e a presença do CV pode indicar uma tentativa de expandir seus negócios para além da América Latina.
As autoridades dos Estados Unidos têm intensificado o monitoramento de organizações criminosas estrangeiras que tentam estabelecer bases no país. O FBI e a DEA (Drug Enforcement Administration) já cooperam com autoridades brasileiras para combater o narcotráfico e o crime organizado transnacional. Caso se confirme a presença do Comando Vermelho nos EUA, essa parceria deverá ser ampliada.
No Brasil, a Secretaria de Segurança Pública do Rio promete continuar investigando as possíveis conexões internacionais da facção. “Nosso trabalho é impedir que essas organizações fortaleçam suas redes e ameacem a segurança pública dentro e fora do país”, destacou Victor dos Santos.
A notícia acende um alerta sobre os desafios enfrentados no combate ao crime organizado, que, cada vez mais, se aproveita da globalização e das facilidades tecnológicas para expandir suas atividades. A presença de uma facção carioca nos Estados Unidos, se confirmada, será mais um capítulo na complexa luta contra o narcotráfico e a violência que dele decorre.



