Durante uma operação realizada nesta quinta-feira, 17 de julho de 2025, policiais militares do 41º BPM (Irajá) fizeram uma descoberta alarmante no Complexo da comunidade de Acari, Zona Norte do Rio de Janeiro: um sistema militar Anti-Drone Interceptor foi localizado no sótão de uma residência. O equipamento, de uso restrito, possui tecnologia capaz de bloquear, neutralizar e até derrubar drones a um raio de até 7 km, segundo informações da Super Rádio Tupi.
A operação foi coordenada pelo setor de inteligência do batalhão, com suporte técnico da Anatel, responsável pela detecção do sinal do aparelho, que operava de forma clandestina. O principal objetivo dos criminosos era impedir a atuação de drones policiais durante ações de monitoramento e patrulhamento aéreo na região, tornando mais difícil o mapeamento e o avanço das forças de segurança.
Além da apreensão do dispositivo militar, a ação resultou na prisão de cinco suspeitos e na apreensão de um fuzil, um carregador, cinco rádios comunicadores e uma granada. Todo o material foi recolhido pelas equipes que participaram da ofensiva.
Por se tratar de tecnologia militar, o sistema anti-drone foi imediatamente encaminhado à Delegacia da Polícia Federal, localizada na Praça Mauá. Já os demais materiais e os suspeitos foram levados para a 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna), onde o caso foi registrado.
Especialistas e autoridades de segurança pública classificam o achado como um grave sinal de escalada no poder bélico e tecnológico de facções criminosas. A utilização de equipamentos dessa natureza mostra que os grupos vêm buscando formas cada vez mais sofisticadas de resistir à atuação do Estado.
O episódio acende um alerta para a necessidade de reforço na integração entre órgãos de inteligência, forças armadas, polícias e agências reguladoras, como a Anatel. A presença de tecnologia militar avançada em áreas dominadas pelo crime organizado representa um risco à segurança pública e à aviação civil, exigindo resposta à altura.