Criminosos extorquiam moradores, comerciantes e até motoristas de vans na Zona Oeste e Zona Norte do Rio. Chefe da milícia, conhecido como “Montanha”, é alvo prioritário da polícia.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) deflagrou, nesta segunda-feira, 07 de julho de 2025, uma operação de impacto na comunidade do Catiri, localizada no bairro de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação teve como foco o combate à milícia que domina a região, e terminou com sete criminosos presos em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, a área vem sendo brutalmente explorada por um grupo miliciano liderado por Emson Alves Pereira, conhecido como “Montanha” — apontado como um dos chefes mais violentos e ativos da milícia na Zona Oeste e com influência também na Zona Norte da cidade.
Durante a ação desta manhã, os agentes apreenderam armas, celulares, documentos e uma quantia em dinheiro, que seriam provenientes das extorsões praticadas contra a população. A operação foi planejada com base em denúncias de moradores e meses de investigação, que confirmaram o ciclo de ameaças e cobranças abusivas imposto pela organização criminosa.
📍 Terror Miliciano no Catiri
A comunidade do Catiri vive sob constante pressão da milícia, que impõe o pagamento obrigatório por serviços essenciais como energia elétrica, internet, TV a cabo, gás encanado e até mesmo segurança particular. Quem se recusa a pagar, sofre represálias que variam de agressões físicas a ameaças de morte.
“Montanha”, o chefe do grupo, teria ainda braços operando na comunidade do Guarda e Rato, em Delcastilho, na Zona Norte, onde o mesmo esquema criminoso de extorsão e controle territorial é praticado. De acordo com as investigações, ele também atua diretamente contra motoristas de vans, impondo valores para que possam circular pelas regiões dominadas.
As vans que não pagam a “taxa de circulação” são paradas, vandalizadas ou até queimadas. Em alguns casos, motoristas foram brutalmente agredidos.
🔍 O braço direito: José
Ainda de acordo com informações obtidas pela DRACO, o braço direito de Montanha seria um homem identificado apenas como José, que já atua como espécie de “gerente” das atividades da milícia em Bangu e Delcastilho. A polícia está trabalhando para localizar o suspeito, que deve ter imagem divulgada nos próximos dias para auxiliar na identificação e captura.
🚔 Operação estratégica e contínua
A operação foi considerada bem-sucedida pela Polícia Civil, que afirmou que novas ações como essa estão programadas para quebrar a estrutura da milícia e devolver a paz às comunidades controladas pelo crime organizado.
“Essa foi apenas mais uma etapa do trabalho contínuo da DRACO contra o crime organizado. Nosso objetivo é prender Montanha e todo o seu núcleo de comando, desarticulando completamente esse grupo que tanto mal causa à população honesta do Rio”, disse um dos delegados responsáveis pela operação.
A ação contou com o apoio de agentes de outras unidades especializadas e não houve registro de confronto durante a incursão.
📣 Ajuda da população é fundamental
As autoridades destacaram a importância da colaboração dos moradores, que têm enviado informações sigilosas e denúncias que têm ajudado a guiar as investigações. O canal do Disque Denúncia segue ativo, com garantia de sigilo absoluto.
“Esses criminosos exploram as pessoas mais humildes, tirando seu sustento em troca de falsas promessas de proteção. Mas a população está reagindo e confiando na polícia”, reforçou um dos inspetores da DRACO.
🚨 Montanha está foragido
Apesar do avanço da operação, Montanha segue foragido. A polícia considera sua prisão uma prioridade máxima e reforça que quem tiver qualquer informação sobre seu paradeiro pode ligar para o Disque Denúncia, no número 2253-1177.
A expectativa é de que com a prisão dos sete integrantes, a linha de comando da milícia fique enfraquecida, facilitando a captura de outros envolvidos.
⚠️ Denuncie. Não se cale. A milícia é crime e precisa ser combatida.