A tarde desta terça-feira (30) foi marcada por mais um episódio sangrento no submundo do crime organizado da Zona Oeste do Rio. Segundo informações obtidas, o ex-policial militar Flávio Carvalho, mais conhecido pelo apelido de “Flavinho Macaco”, foi morto em Bangu.
Flávio, que já havia sido expulso da corporação, construiu ao longo dos anos uma temida reputação como líder da milícia de Sepetiba, onde exercia forte influência e controle sobre atividades ilegais, incluindo extorsões, exploração de serviços clandestinos e domínio territorial. Sua morte representa mais um duro golpe na estrutura miliciana que domina diversas áreas da região.
Conhecido pela violência e pelo poder que exercia, “Flavinho Macaco” carregava também um sobrenome pesado dentro do crime. Ele era primo de Sérgio Bomba, outro miliciano de grande notoriedade, assassinado em janeiro de 2024 em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes, episódio que gerou repercussão e acirrou ainda mais as disputas entre facções criminosas.
A execução de Flávio levanta novas questões sobre a guerra entre grupos rivais pela disputa territorial na Zona Oeste. A morte do ex-PM pode desencadear uma onda de retaliações, aumentando ainda mais o clima de tensão e insegurança em bairros já dominados pelo medo.
Moradores da região relatam que a cena foi de pânico, com correria e estabelecimentos fechando as portas rapidamente diante do tiroteio que resultou na queda de um dos chefes mais conhecidos da milícia local.
A Polícia Civil já iniciou as investigações para identificar os autores do crime e apurar se a execução foi fruto de um acerto de contas entre milicianos rivais ou de uma operação planejada para desarticular o grupo de Flávio.
Enquanto isso, a Zona Oeste segue mergulhada em incerteza e apreensão diante do novo capítulo da sangrenta guerra das milícias no Rio.