O cantor de funk Poze do Rodo, um dos nomes mais populares da cena musical do Rio de Janeiro, declarou ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) durante procedimento do sistema penitenciário. A afirmação fez com que ele fosse transferido para um dos pavilhões de Bangu onde ficam detidos outros integrantes da facção.
A declaração foi feita no momento da triagem no sistema prisional, onde os detentos são questionados sobre possíveis vínculos com facções criminosas, com o objetivo de evitar confrontos entre grupos rivais dentro das unidades. Poze confirmou ligação com o CV, o que resultou em sua alocação com demais membros da organização no Complexo de Gericinó, em Bangu.
A prisão de Poze ocorreu em meio a investigações relacionadas a tráfico de drogas e associação criminosa. Ainda não foram divulgados detalhes completos sobre o processo, mas fontes da segurança pública indicam que a apuração envolve o uso da estrutura do artista para benefício da facção.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e entre fãs, dividindo opiniões. Enquanto alguns demonstram surpresa e decepção, outros apontam que Poze já fazia referências à criminalidade em suas músicas e estilo de vida.
O Departamento Geral de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a transferência e informou que o procedimento seguiu protocolos padrão de segurança. A defesa de Poze ainda não se pronunciou oficialmente sobre a declaração de vínculo com o Comando Vermelho.
A situação reacende o debate sobre a influência do crime organizado no meio artístico e cultural, principalmente no universo do funk carioca, que há anos enfrenta críticas e polêmicas envolvendo a glamourização da criminalidade.