NOVA IGUAÇU (RJ) – Uma operação de alta periculosidade movimentou a noite deste sábado (28) na Baixada Fluminense. Por volta das 21h, agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) deflagraram uma ofensiva no bairro da Grama, nas proximidades do distrito de Miguel Couto, em Nova Iguaçu. O objetivo era desarticular uma reunião de milicianos que, segundo informações da inteligência policial, estava sendo realizada para traçar novos planos de expansão territorial e cobrança de taxas ilegais.
O que era para ser uma ação pontual de captura se transformou em um verdadeiro campo de guerra. Assim que os policiais se aproximaram do local-alvo, foram recebidos a tiros por criminosos fortemente armados. Uma intensa troca de tiros se seguiu pelas ruas da comunidade, causando pânico entre os moradores e levando muitos a se refugiarem dentro de casa.
Após vários minutos de confronto, quatro integrantes da milícia foram baleados e morreram no local. Entre os mortos está o líder da organização criminosa, um homem temido na região e conhecido apenas pelo apelido de “Cabeça”. Ele era investigado por uma série de crimes, incluindo extorsão, homicídios, exploração clandestina de serviços de gás, internet, segurança e transporte alternativo.
De acordo com fontes da DRACO, “Cabeça” comandava uma das principais células milicianas da Baixada e era considerado uma das peças-chave no financiamento do grupo armado, inclusive com ramificações em bairros vizinhos e até mesmo na Zona Oeste do Rio.
Com os milicianos abatidos, os agentes apreenderam um verdadeiro arsenal: fuzis, pistolas, coletes balísticos, rádios comunicadores e uma grande quantia em dinheiro em espécie. Todo o material será analisado para identificar a origem e os demais envolvidos.
A operação faz parte de um esforço conjunto da Polícia Civil com o Ministério Público do Rio de Janeiro no combate à expansão das milícias, que nos últimos anos têm ampliado sua atuação na Baixada Fluminense com extrema violência e intimidação contra moradores e comerciantes.
Moradores da região relataram momentos de terror durante o tiroteio. “Foi um inferno, parecia cena de guerra. A gente só ouvia rajada de fuzil e helicóptero passando”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.
Até o momento, não há registro de feridos entre os agentes. A operação continua em andamento, com buscas por mais integrantes da quadrilha que teriam fugido para áreas de mata nas redondezas.
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