Após dias de intensa repercussão internacional, o governo da Itália anunciou oficialmente, nesta quarta-feira (30), a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o Brasil. Presa em Roma na semana passada, Zambelli foi capturada após ser incluída na lista vermelha da Interpol, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também solicitou sua prisão preventiva.
Zambelli, que havia fugido do país em junho de 2025, foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento em crimes cibernéticos, incluindo invasão de sistemas públicos e disseminação de fake news. As investigações apontaram que ela teria coordenado ataques virtuais contra órgãos federais e participado ativamente de esquemas de desinformação durante o período eleitoral.
O Ministério da Justiça da Itália, após receber os documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela PGR, autorizou a extradição imediata com base em tratados bilaterais de cooperação jurídica entre os dois países.
Segundo autoridades italianas, Carla Zambelli será escoltada por agentes federais brasileiros e deve chegar a Brasília nos próximos dias, onde será encaminhada a um presídio feminino de segurança média. A expectativa é que ela comece a cumprir integralmente a pena ainda nesta semana.
A defesa da parlamentar tentou barrar a extradição com recursos na Justiça italiana, alegando perseguição política, mas os argumentos foram rejeitados pelas cortes locais. Em nota, a PGR afirmou que a extradição representa um “passo fundamental na luta contra crimes digitais e na preservação do Estado democrático de direito”.
O caso segue mobilizando a opinião pública e deve gerar desdobramentos políticos relevantes nos próximos dias.