A Justiça Eleitoral de São Paulo decidiu, nesta semana, que o ex-coach e empresário Pablo Marçal está inelegível para concorrer a cargos políticos pelos próximos oito anos. A decisão ocorre após uma investigação sobre supostas irregularidades cometidas durante sua campanha eleitoral de 2022.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) considerou que Marçal teria cometido abuso de poder econômico ao utilizar recursos financeiros de maneira indevida para impulsionar sua candidatura. O julgamento foi baseado em provas apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral, que apontaram a utilização de estrutura empresarial para beneficiar sua campanha, o que é vedado pela legislação eleitoral.
A decisão da Justiça Eleitoral impede que Pablo Marçal dispute qualquer cargo eletivo até 2030, o que pode impactar suas ambições políticas no futuro. Em 2022, Marçal tentou disputar a presidência da República, mas acabou retirando sua candidatura e concorreu a deputado federal por São Paulo, sem sucesso nas urnas.
A defesa de Pablo Marçal afirmou que irá recorrer da decisão e alega perseguição política. Em nota, seus advogados declararam que “a decisão é injusta e baseada em interpretações equivocadas da legislação eleitoral. Vamos tomar todas as medidas necessárias para reverter essa situação”.
Marçal ganhou notoriedade nacional como coach de desenvolvimento pessoal e empreendedorismo, acumulando milhões de seguidores nas redes sociais. Ele se destacou com discursos motivacionais e promessas de sucesso financeiro, o que atraiu uma legião de fãs, mas também críticas por sua abordagem polêmica e agressiva nos negócios.
Desde sua entrada na política, Marçal buscou se posicionar como uma alternativa ao sistema tradicional, utilizando sua influência digital para mobilizar eleitores. No entanto, sua trajetória tem sido marcada por polêmicas e desafios legais.
O caso agora segue para as instâncias superiores da Justiça Eleitoral, e o desdobramento poderá definir o futuro político de Pablo Marçal. Se a condenação for mantida, ele ficará impossibilitado de concorrer até o final da década. Enquanto isso, o ex-coach segue ativo nas redes sociais, onde se manifesta contra a decisão e mobiliza seus seguidores em sua defesa.