Um caso estarrecedor chocou moradores de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) prendeu, nesta segunda-feira (11), Walace Valentim Cândido, residente no bairro São Geraldo, acusado de armazenar material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Entre as imagens encontradas no celular do suspeito, segundo a polícia, estava uma fotografia da própria sobrinha, o que intensifica a gravidade do crime.
( Wallace sendo conduzido para a delegacia)
De acordo com as investigações, Walace já era monitorado pelas autoridades por envolvimento em crimes semelhantes. Durante o avanço do inquérito, os agentes descobriram que ele compareceria a uma perícia em um posto do INSS localizado no Centro do Rio. A partir dessa informação, foi montada uma operação para cumprir um mandado de busca e apreensão de seu telefone celular.
Ao ser abordado, o acusado apresentou uma carteirinha de investigador particular especializado em casos de pedofilia. O documento, no entanto, segundo a polícia, era oriundo de um curso privado realizado pelo próprio investigado. Os agentes ressaltaram que Walace usava essa suposta credencial para conquistar a confiança de famílias e possíveis vítimas, mascarando sua real intenção.
( carteira falsa que Wallace usou na hora da abordagem)
Histórico de crimes e novos indícios
As autoridades confirmaram que Walace já possuía anotações criminais anteriores pelo mesmo tipo de crime. Durante a apreensão, foi encontrado no celular do suspeito um extenso acervo de imagens e vídeos com conteúdo sexual envolvendo menores de idade. O flagrante motivou a prisão imediata do acusado, que foi conduzido à sede da DCAV e, posteriormente, encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro.
A Polícia Civil também informou que continua investigando para identificar outras possíveis vítimas de Walace. Há indícios de que ele possa ter agido de forma recorrente, aproveitando-se da credencial de “investigador” para aproximar-se de crianças e adolescentes.
Posição do curso de investigação
Procurada, a instituição responsável pelo curso em que Walace obteve o título de investigador particular informou, em nota, que não mantém qualquer vínculo com ex-alunos e que repudia veementemente condutas que contrariem a ética profissional.
O comunicado reforça que a credencial apresentada pelo suspeito não estava renovada e, por isso, não tinha validade. A direção do curso ainda acrescentou que o acesso de Walace ao material didático da instituição será bloqueado imediatamente.
Impacto na comunidade
Moradores do bairro São Geraldo, onde Walace vivia, receberam a notícia com indignação e preocupação. Muitos afirmam que jamais desconfiaram das ações do vizinho, enquanto outros relatam que ele se apresentava como uma pessoa envolvida em investigações para “proteger crianças”.
A prisão gerou uma onda de comentários nas redes sociais, com internautas pedindo punição exemplar e alertando para a necessidade de maior vigilância sobre pessoas que usam cargos ou credenciais como fachada para práticas criminosas.
Alerta das autoridades
A Polícia Civil reforça que casos de suspeita de abuso ou exploração sexual infantil devem ser denunciados imediatamente. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia, através do telefone (21) 2253-1177, ou pelo aplicativo do serviço.
Segundo a DCAV, é fundamental que familiares e responsáveis monitorem o acesso de crianças à internet e observem sinais comportamentais que possam indicar situações de abuso.
O caso de Walace Valentim Cândido serve como um alerta para que a sociedade mantenha atenção redobrada e colabore com informações que possam prevenir ou interromper esse tipo de crime.
Agora, a investigação segue para identificar se o acusado atuava sozinho ou se fazia parte de uma rede maior de pornografia infantil. A expectativa da polícia é que, com a análise completa do material apreendido, seja possível esclarecer a extensão de seus crimes e trazer justiça às vítimas.
