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Morreu nesta segunda-feira (1º) a produtora cultural Bianca Santos Villaça Caetano, de 36 anos, vítima de um ataque brutal ocorrido em 20 de agosto, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, Bianca foi atingida por 13 disparos quando chegava em casa, na Rua Sebastião Bretas Farinelle. Desde então, permanecia internada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas não resistiu aos ferimentos.
As investigações apontam que a execução teria sido motivada por uma dívida com um agiota, identificado como Diogo da Silva Marques, de 36 anos, conhecido como Diogo Marley. Ele foi preso dias depois do ataque em um endereço inusitado: os estúdios da TV Globo, em Jacarepaguá, também na Zona Oeste, onde trabalhava como assistente de fotografia.
De acordo com a Polícia Civil, mensagens trocadas em um aplicativo de celular entre Diogo e Bianca revelam uma série de ameaças explícitas. Na véspera do crime, o agiota teria escrito que, se a vítima não realizasse o pagamento até determinado horário, “aquele seria o último dia de cobranças por telefone”. Pouco depois, a promessa se transformou em uma emboscada violenta.
A 33ª DP (Realengo), responsável pelo caso, contou com o apoio da 17ª DP (São Cristóvão) e da 54ª DP (Belford Roxo) para efetuar a prisão do suspeito. Apesar disso, o homem que efetuou os disparos ainda não foi identificado. A polícia também investiga a participação de possíveis comparsas na tentativa de execução.
A morte de Bianca causou grande comoção entre amigos, familiares e colegas do meio cultural, que a descrevem como uma mulher dedicada ao trabalho e querida pela comunidade artística. Nas redes sociais, mensagens de luto ressaltam a violência do crime e pedem justiça.
A Polícia Civil reforça que as apurações prosseguem e que o foco agora é identificar o executor dos disparos e responsabilizar todos os envolvidos. O caso traz à tona o avanço das redes de agiotagem no Rio, que frequentemente recorrem à intimidação e à violência extrema contra devedores.
Com a confirmação da morte da produtora, a investigação passa a tratar o caso como homicídio qualificado, aumentando o peso das acusações contra os responsáveis.
Bianca deixa familiares e amigos que agora clamam para que a justiça seja feita diante de mais uma vítima da escalada de violência na cidade.