Morreu nesta segunda-feira o policial militar Rafael Wolfgramm Dias, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Baleado no abdômen na última terça-feira durante uma operação no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, Wolfgramm ficou internado por seis dias no Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.
A operação, marcada por intensos confrontos entre policiais e traficantes, também resultou na morte de uma menina de 13 anos, atingida por uma bala perdida quando voltava do balé. A tragédia ocorreu na mesma região onde Rafael foi baleado, aumentando a tensão e a sensação de insegurança entre os moradores da Zona Norte.
De acordo com colegas de farda, o tiro que atingiu Rafael comprometeu órgãos vitais, dificultando sua recuperação. Durante o período de internação, familiares e amigos realizaram uma campanha de doação de sangue, na esperança de salvar sua vida. A esposa de Rafael, que se identifica como Ro Milesi no Facebook, chegou a postar uma convocação para um clamor em prol do marido, mostrando a mobilização e a solidariedade em torno do caso.
Wolfgramm é o segundo agente do Bope a falecer em decorrência dessa operação. O primeiro foi o sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, também vítima de uma emboscada feita por traficantes. Além deles, um terceiro agente do batalhão foi levemente ferido. A operação também resultou na morte de cinco suspeitos, de acordo com informações da PM.
A morte de Rafael Wolfgramm Dias reacende o debate sobre a segurança pública e as condições de trabalho dos policiais no Rio de Janeiro. A complexidade das operações em favelas e a constante exposição ao risco são questões que afetam não apenas os agentes de segurança, mas toda a sociedade. A perda de mais um policial evidencia a necessidade urgente de políticas eficazes que garantam tanto a segurança dos moradores quanto dos próprios policiais.
Familiares, amigos e colegas de trabalho de Wolfgramm prestaram homenagens nas redes sociais, destacando sua coragem e dedicação à profissão. O enterro do policial será marcado por um cortejo com honras militares, reunindo colegas do Bope e outros membros da corporação, em um tributo ao sacrifício feito por Rafael em nome da segurança pública.
A tragédia que envolve a morte de Rafael Wolfgramm Dias reflete a dura realidade enfrentada por muitos policiais no Brasil. Sua história serve como um lembrete das dificuldades e perigos que esses profissionais enfrentam diariamente, e da necessidade de um olhar mais atento e humano para a questão da segurança pública no país.