A tarde desta quarta-feira (27) foi marcada por mais um episódio de violência na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Por volta das 14h, traficantes do Comando Vermelho realizaram um ataque na comunidade do Antares, em Santa Cruz, que terminou com a morte do presidente da associação de moradores local , identificado como Marquinhos,crime chocou os moradores e aumentou ainda mais a tensão em uma região já marcada por disputas entre facções criminosas.
De acordo com relatos de testemunhas, os criminosos chegaram fortemente armados e efetuaram diversos disparos. O presidente da associação foi alvejado e não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer no local. A ação provocou pânico entre os moradores, que precisaram se abrigar em casas e estabelecimentos comerciais para escapar da violência repentina.
O clima na comunidade é de medo e insegurança. Muitos moradores afirmam que o ataque estaria ligado a disputas de território entre facções rivais que atuam na região. A presença do tráfico em Santa Cruz, assim como em outras áreas da Zona Oeste, tem se intensificado nos últimos meses, resultando em confrontos constantes, tiroteios e até ataques direcionados contra lideranças comunitárias.
A Polícia Militar foi acionada e reforçou o patrulhamento na área após o ataque. Equipes do 27º BPM (Santa Cruz) realizaram incursões no entorno da comunidade, mas até o momento não há informações sobre presos. O policiamento segue reforçado para tentar evitar novos confrontos.
Moradores, no entanto, relatam viver em um cenário de guerra. “Aqui ninguém tem paz. A gente nunca sabe quando vai começar o tiroteio. Hoje foi à tarde, mas pode ser de madrugada, pode ser a qualquer hora”, desabafou uma moradora, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A morte do presidente da associação de moradores levanta ainda mais preocupações sobre a vulnerabilidade das lideranças comunitárias em áreas dominadas pelo tráfico. Essas figuras muitas vezes atuam como mediadores entre a população e o poder público, mas também acabam expostas a pressões e ameaças vindas do crime organizado.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que deve ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança próximas ao local. A expectativa é de que as investigações possam identificar os autores e a motivação precisa do ataque.
Enquanto isso, o clima de tensão continua em Santa Cruz, deixando a comunidade do Antares mergulhada no medo e na incerteza diante da escalada da violência.