Dizendo -se consternado com o rompimento da barragem Mina Feijão, em Brumadinho (MG), o presidente da Vale do Rio Doce, Fábio Schvartsman, disse, em coletiva de imprensa no início da noite desta sexta-feira (25/1), que 300 funcionários da empresa trabalhavam no local no momento do acidente. Alguns deles estão desaparecidos: segundo o Corpo de Bombeiros, até o momento 200 pessoas não foram localizadas e são procuradas em meio à lama dos rejeitos de minérios que invadiu rodovias, córregos e plantações da região.
Schvartsman, que assumiu a companhia em 2017 com o lema “Mariana, nunca mais”, pediu desculpas e se solidarizou com as famílias das vítimas e equipe da mineradora. “Como vou diz3er que aprendemos [com Mariana], se hoje ocorre um acidente desses”, afirmou o executivo, que chegou da Europa nesta sexta e irá nas próximas horas para o local da tragédia.
Segundo Fábio Schvartsman, a tragédia surpreendeu a companhia, pois a unidade que rompeu estava totalmente inativa. Informação confirmada em nota divulgada mais cedo pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais.
Causas e responsabilidades
Segundo o texto da pasta do governo estadual, a Mina do Feijão estava devidamente licenciada, mas não recebia rejeitos desde 2014 e tinha estabilidade garantida pelo auditor, conforme laudo elaborado em agosto de 2018. “As causas e responsabilidades pelo ocorrido serão apuradas pelo Governo de Minas”, diz a nota.
Não há confirmação sobre mortes. Quatro pessoas foram levadas para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, entre elas uma adolescente de 15 anos e duas mulheres, de 22 e 43 anos.