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A 15 meses para a disputa pela prefeitura do Rio , nomes que despontaram recentemente na política nacional e antigos conhecidos dos cariocas já se enfileiram na disputa. Duas semanas depois de o PSL definir o seu candidato, o deputado estadual Rodrigo Amorim, o ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro Gustavo Bebianno revelou à “Folha de S. Paulo” a intenção de concorrerao cargo de prefeito. Ainda sem partido, ele pode se firmar como um candidato de oposição à base eleitoral da família Bolsonaro , a quem não tem poupado críticas após sequência de desavenças.
Embora não tenham anunciado formalmente a candidatura, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) não deve abrir mão de tentar a reeleição. Marcelo Freixo (PSOL), segundo colocado em 2016, é um nome certo na disputa. Já o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) deve decidir apenas no ano que vem se vai concorrer. O PSDB, agora no Rio sob o comando do empresário Paulo Marinho, deve ter candidato próprio, assim como o partido Novo. A deputada federal Clarissa Garotinho (PROS) também deve se lançar candidata.
Gustavo Bebbiano
Gustavo Bebianno afirmou à “Folha de S. Paulo” que pretende concorrer em 2020 à prefeitura do Rio, onde nasceu. Para isso, conversa com legendas de centro-direita para tocar a campanha. Ele diz enxergar um quadro de “abandono” na capital fluminense.
“Falta um homem de verdade à frente do comando da cidade para fazer o que tem que ser feito”, destacou.
Demitido em 18 de fevereiro da Secretaria-Geral da Presidência, o ex-ministro pode se lançar como candidato de oposição no berço de uma família da qual foi aliado e de que hoje é constante crítico. O advogado, que assumiu o comando do PSL durante a eleição e trabalhou pela vitória de Jair Bolsonaro, agora quer enfrentar a legenda nas urnas.
O processo de desgate da relação com o clã Bolsonaro começou com denúncias de supostas irregularidades na sua gestão à frente do caixa eleitoral do PSL e chegou ao estopim quando ele foi chamado de mentiroso por Carlos Bolsonaro . Ele, que nega envolvimento com suposto esquema de laranjas , se disse perplexo com a forma com que foi desligado do governo e atribuiu a demissão à “implicância de Carlos”, vereador do Rio. Em entrevista ao GLOBO, no começo de junho, Bebianno disse que avaliava se filiar ao PSDB ou ao DEM. A decisão só deve sair em outubro.
Rodrigo Amorim (PSL)
Deputado mais votado para a Alerj no ano passado, com 140 mil votos, Amorim quer atrair o apoio do governador Wilson Witzel, do PSC e que ainda não definiu sua posição para a eleição municipal.
O deputado ficou mais conhecido durante a campanha pela atitude de quebrar uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado. Witzel, então candidato ao governo, também estava presente ao ato. Os dois estiveram em diversos atos de campanha com Flavio Bolsonaro, que apoiou ambos em 2018.
Amorim se apresentava à época como “soldado de Flávio Bolsonaro” no Rio. Mesmo com o desgaste político de Flávio com o caso Queiroz, Amorim jamais deixou de defendê-lo e elogiá-lo publicamente.
O próprio Amorim também é alvo de investigação, mas por suspeita de acúmulo irregular de cargos públicos. Em maio, a prefeitura de Mesquita solicitou a instauração de sindicância para apurar a atuação de Amorim como subsecretário de Governo e Planejamento do município, entre 2015 e 2016. No mesmo período, Amorim também estava lotado no gabinete do vereador Jimmy Pereira (PRTB) na Câmara Municipal do Rio. A duplicidade de cargos públicos ocorreu ainda entre 2011 e 2012, quando o deputado esteve empregado em secretarias de Nova Iguaçu e Teresópolis. Amorim negou irregularidades e alegou que os cargos não exigiam dedicação exclusiva.
Marcelo Crivella (PRB)
O atual ocupante do Palácio da Cidade ganhou fôlego político ao escapar no mês passado do processo de impeachment na Câmara dos Vereadores. Com baixa popularidade, tentará a reeleição e tem atraído novos aliados para a sua coligação, como o PP de Francisco Dornelles. Ao nomear Marcos San, dirigente do Podemos, como secretário municipal de Pessoa com Deficiência e Tecnologia, deu um passo para buscar uma aliança com o senador Romário na disputa eleitoral do ano que vem.
Marcelo Freixo (PSOL)
Derrotado por Crivella no segundo turno em 2016, o deputado federal é nome certo na disputa. Freixo se articula para liderar uma frente de esquerda na eleição. Já teve conversas com Ciro Gomes, principal nome nacional do PDT. A direção nacional do PT já admite que o partido, enfraquecido no Rio, o apoie à prefeitura. PSB e PCdoB são outros possíveis integrantes da aliança. Para a vaga de vice, porém, Freixo ainda busca um nome que dê uma imagem mais moderada à chapa.
Marcelo Crivella (PRB)
O atual ocupante do Palácio da Cidade ganhou fôlego político ao escapar no mês passado do processo de impeachment na Câmara dos Vereadores. Com baixa popularidade, tentará a reeleição e tem atraído novos aliados para a sua coligação, como o PP de Francisco Dornelles. Ao nomear Marcos San, dirigente do Podemos, como secretário municipal de Pessoa com Deficiência e Tecnologia, deu um passo para buscar uma aliança com o senador Romário na disputa eleitoral do ano que vem.
Marcelo Freixo (PSOL)
Derrotado por Crivella no segundo turno em 2016, o deputado federal é nome certo na disputa. Freixo se articula para liderar uma frente de esquerda na eleição. Já teve conversas com Ciro Gomes, principal nome nacional do PDT. A direção nacional do PT já admite que o partido, enfraquecido no Rio, o apoie à prefeitura. PSB e PCdoB são outros possíveis integrantes da aliança. Para a vaga de vice, porém, Freixo ainda busca um nome que dê uma imagem mais moderada à chapa.
Eduardo Paes (DEM)
É considerado na política fluminense um nome forte para a disputa, mas não deve decidir antes do ano que vem se vai concorrer. Em vários depoimentos em processos da Lava-Jato no Rio, como os do ex-governador Sérgio Cabral, houve citações de irregularidades no financiamento de suas campanhas anteriores. Ele nega as acusações. Sofreu duas derrotas eleitorais consecutivas no Rio. Em 2016, apoiando o deputado Pedro Paulo à prefeitura, e em 2018, disputando ele próprio o governo estadual.
PSDB
O governador de São Paulo, João Doria, impôs o empresário Paulo Marinho como novo cacique da legenda no Rio. Ex-aliado de Jair Bolsonaro, e suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Marinho diz que o PSDB pretende ter candidato próprio, mas ainda não tem um nome. O partido, que venceu uma eleição majoritária no Rio pela última vez em 1994, quando elegeu Marcello Alencar governador, busca recuperar espaço para dar um palanque para a pretensão de Doria de se lançar à Presidência.
Jornal Extra