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Cece Telfer, estudante da universidade Frankin Pierce, nos EUA, tem quebrado recordes como mulher no campeonato, mas seu desempenho é questionado por vantagem biológica
Até 2018, Cece Telfer competia nas provas de velocidade como Craig pela universidade Franklin Pierce, de New Hampshire, nos Estados Unidos. A atleta de 21 anos decidiu mudar de gênero e agora como mulher tem chamado atenção pela quebra de recordes no campeonato universitário de atletismo americano.
No último domingo, a velocista venceu a prova dos 400m com barreiras e levou o título inédito para universidade, na categoria feminina da divisão II do campeonato nacional.
A primeira velocista trans a competir no atletismo universitário, Cece tem estampado manchetes como a estrela feminina das pistas, mas tem sido criticada pela vantagem biológica sobre as mulheres.
Por ter disputado como homem até ano passado, o desempenho da atleta tem sido questionado nos Estados Unidos. A NCAA (federação que organiza as competições universitárias) permite em seu estatuto a participação de atletas transgêneros, desde que tenham completado um ano de tratamento hormonal para atingir o nível de testosterona aceitável. Por não ter completado um ano competindo entre as mulheres, não é possível comprovar que seus níveis hormonais estejam dentro das regras.
Em fevereiro, o filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Jr., criticou publicamente sobre a atleta trans.
– Outra grave injustiça contra jovens mulheres que treinam a vida inteira para atingir excelência. Identifique-se do jeito que você quiser, como cada um quiser, mas isso vai muito além e é injusto para muitos – disse o político na sua conta pessoal do twitter ao repostar manchete sobre o feito da velocista trans.