Na manhã desta quarta-feira (29), a violência voltou a assustar os moradores de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um intenso confronto entre grupos paramilitares deixou a região em estado de alerta. De acordo com informações preliminares, um miliciano identificado como Naval teria colocado seu grupo armado nas ruas para tentar retomar o controle das comunidades João 23 e Guandu.
O conflito teria se iniciado quando o grupo de Naval avançou sobre os territórios controlados por uma milícia rival. Moradores relatam que o tiroteio foi intenso e durou vários minutos, causando pânico entre aqueles que precisavam sair de casa para trabalhar ou levar os filhos à escola. “Foi muito tiro, parecia guerra mesmo. Todo mundo ficou desesperado, correndo para dentro de casa”, disse um morador que preferiu não se identificar.
População em pânico
A disputa entre milicianos vem se intensificando na região nos últimos meses. O controle de territórios na Zona Oeste do Rio é altamente lucrativo para esses grupos, que exploram serviços ilegais como venda clandestina de gás, internet, transporte alternativo e cobranças irregulares de taxas de “proteção” aos comerciantes. A tentativa de Naval de retomar as comunidades João 23 e Guandu indica que a guerra pelo poder está longe de acabar.
Apesar da troca de tiros intensa, até o momento não há informações sobre feridos ou mortos. No entanto, o medo tomou conta dos moradores, que evitam sair às ruas e relatam que o comércio local fechou as portas por precaução. “Ninguém sabe o que vai acontecer. A gente já vive com medo, mas hoje foi pior do que o normal”, lamentou uma comerciante da região.
Autoridades em silêncio
Até o momento, a Polícia Militar não se pronunciou oficialmente sobre a situação. Segundo relatos, não houve presença ostensiva de agentes de segurança durante o tiroteio, o que levanta questionamentos sobre a capacidade do Estado de conter a violência na região.
Nos últimos meses, a milícia tem se fortalecido na Zona Oeste, desafiando o poder do tráfico de drogas e até mesmo grupos rivais dentro do próprio esquema paramilitar. A guerra pelo controle de territórios tem resultado em uma escalada de violência que afeta diretamente a vida dos moradores.
Enquanto as autoridades não tomam medidas efetivas para conter essa batalha silenciosa, a população segue refém da violência, sem saber quando a próxima troca de tiros pode começar.
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