Um caso chocante de violência infantil gerou revolta e perplexidade em Belo Horizonte (MG). Um homem de 36 anos foi preso após agredir uma bebê de apenas quatro meses, alegando ter confundido a criança com uma boneca “reborn”, aquelas que imitam com perfeição a aparência de recém-nascidos. O incidente aconteceu em frente a um trailer de lanches na capital mineira e gerou grande comoção entre testemunhas e nas redes sociais.
Segundo informações divulgadas, o agressor abordou os pais da bebê com desconfiança, acreditando que eles estariam usando uma boneca extremamente realista para tentar obter vantagem na fila do estabelecimento. Mesmo após tentativas dos pais de esclarecer a situação, o homem insistia que a criança era falsa. Em um ato de extrema violência, ele desferiu um tapa na cabeça da bebê para, segundo ele, “provar que não era de verdade”.
O impacto da agressão causou um hematoma na cabeça da menina, que precisou ser levada imediatamente ao Hospital João XXIII. A equipe médica prestou os primeiros socorros e manteve a criança em observação, enquanto os pais, abalados, prestaram depoimento à polícia.
Populares que estavam no local rapidamente contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar. O homem foi detido e encaminhado à delegacia, onde foi autuado por lesão corporal contra criança. Durante o depoimento, ele afirmou que estava sob efeito de bebidas alcoólicas e medicamentos controlados no momento do ataque, o que, segundo ele, comprometeu seu discernimento. No entanto, a justificativa não impediu sua prisão.
A situação acendeu um alerta sobre os riscos relacionados à presença de bonecas reborn em ambientes públicos e a falta de discernimento de algumas pessoas diante da semelhança entre esses objetos e bebês reais. O caso levanta a necessidade de maior conscientização, tanto sobre o uso dessas bonecas quanto sobre os limites do comportamento público, especialmente em momentos de aglomeração ou situações estressantes.
Especialistas destacam que, embora as bonecas reborn sejam usadas com finalidades terapêuticas ou colecionáveis, é fundamental que o público saiba lidar com essa novidade com responsabilidade e empatia. “É inadmissível que uma criança sofra agressão por conta de um mal-entendido. Isso revela não só intolerância, mas também a falta de preparo emocional de algumas pessoas em espaços públicos”, comentou uma psicóloga ouvida pela reportagem.
A bebê agredida segue em recuperação e, felizmente, não corre risco de vida. Já o agressor, agora à disposição da Justiça, poderá responder por crime de lesão corporal com agravante por ser a vítima uma criança em situação de vulnerabilidade.
O caso é mais um lembrete de que o bom senso, o respeito e o cuidado com o outro precisam prevalecer, sobretudo quando se trata da vida de uma criança.
