Na tarde desta sexta-feira, o bairro de Bangu foi palco de uma cena de violência que chocou os moradores. O miliciano conhecido como “Boca de Ferro” foi executado na cancela preta, localizada na entrada do Catiri.
Boca de Ferro, figura notória na região por suas atividades criminosas, era temido e conhecido pela brutalidade com que comandava suas operações. Sua morte marca mais um episódio sangrento na história das milícias que atuam na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com testemunhas, a execução ocorreu de maneira rápida e precisa. Boca de Ferro estava se aproximando da cancela preta quando foi alvejado por vários tiros. Os autores do crime fugiram rapidamente, sem deixar rastros. A cena do crime logo foi cercada por curiosos e pela polícia, que iniciou as investigações.
As autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre os suspeitos ou possíveis motivações para o crime, mas a execução de Boca de Ferro pode estar relacionada a disputas de poder dentro da própria milícia ou com facções rivais. A milícia, que opera extorquindo comerciantes e moradores, além de controlar o tráfico de drogas e outros negócios ilícitos, tem sido alvo constante de operações policiais e conflitos internos.
Moradores do Catiri expressaram medo e indignação com a situação. “A gente vive em constante estado de alerta, nunca sabe o que pode acontecer. Infelizmente, isso é o reflexo da falta de segurança e da impunidade que reinam por aqui”, disse um residente que preferiu não se identificar.
O assassinato de Boca de Ferro é um lembrete sombrio da complexidade e da violência associadas ao domínio das milícias no Rio de Janeiro. A polícia promete intensificar as investigações para identificar e prender os responsáveis, mas a população continua a viver sob a sombra do medo e da violência.
Enquanto isso, o Catiri, assim como muitos outros bairros de Bangu, tenta seguir em frente, esperando que um dia a paz volte a reinar.
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