Tragédia na Saúde Pública: Paciente Morre à Espera de Atendimento na UPA da Taquara
A crise na saúde pública do Rio de Janeiro fez mais uma vítima. Um paciente morreu enquanto aguardava atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Taquara, localizada na Zona Oeste do Rio. O caso, ocorrido na noite de ontem (25), evidencia a grave situação enfrentada por usuários do sistema público de saúde e levanta questionamentos sobre a capacidade do Estado em garantir um atendimento digno e eficiente.
De acordo com informações preliminares, o paciente, cuja identidade ainda não foi divulgada, chegou à unidade apresentando sintomas graves e precisando de assistência imediata. No entanto, apesar da urgência, ele teria esperado por horas sem ser atendido, culminando em sua morte na sala de espera. Relatos de outros pacientes e familiares presentes no local apontam para a falta de médicos e a superlotação da unidade como fatores determinantes para o desfecho trágico.
A UPA da Taquara pertence ao governo do Estado do Rio de Janeiro e atende diariamente centenas de pessoas, muitas delas em situações críticas. Contudo, há anos a unidade sofre com denúncias de precariedade no atendimento, falta de insumos básicos e insuficiência de profissionais de saúde.
“Esperamos, mas ele não resistiu”
Testemunhas descreveram cenas de desespero e indignação durante a espera pelo atendimento. “Ele estava muito mal, dava para ver que precisava de ajuda urgente, mas ninguém vinha. Esperamos, mas ele não resistiu”, disse uma das pessoas que presenciou o ocorrido.
Familiares do paciente afirmaram que tentarão buscar justiça e responsabilização pela morte. “Isso não pode continuar acontecendo. Ele não é o primeiro e, infelizmente, pode não ser o último se nada mudar”, lamentou um parente.
Reação do Governo
Até o fechamento desta matéria, a Secretaria Estadual de Saúde ainda não havia emitido uma nota oficial sobre o caso. No entanto, sabe-se que as UPAs têm enfrentado um colapso, causado por problemas estruturais e pela alta demanda, especialmente após a pandemia de COVID-19.
O governo do Estado anunciou recentemente investimentos para melhorar a infraestrutura das unidades de saúde, mas os resultados parecem distantes da realidade enfrentada pelos usuários.
Uma crise contínua
A morte na UPA da Taquara é apenas mais um episódio que reflete o estado crítico da saúde pública no Rio de Janeiro. Enquanto pacientes continuam morrendo à espera de atendimento, a população clama por ações efetivas que priorizem a vida e a dignidade de quem depende do sistema público de saúde.
A tragédia deixa em evidência a urgente necessidade de reformas estruturais e maior fiscalização para garantir que casos como este não se repitam.