A manhã desta terça-feira começou agitada no Vilar Carioca, bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O clima de apreensão tomou conta da comunidade após um episódio de violência envolvendo traficantes e milicianos.
Tudo começou na manhã de ontem, quando um conhecido traficante do Comando Vermelho (CV), identificado como RD, invadiu o Vilar Carioca. RD, que já era uma figura temida na região, foi surpreendido pela presença de milicianos que patrulhavam a área. Sem ter outra opção, o traficante fugiu pela área de mata próxima ao bairro, deixando para trás um rastro de tensão e insegurança.
A situação, que já era preocupante, piorou ainda mais na madrugada desta terça-feira. Quando traficantes retornaram ao Vilar Carioca, desta vez acompanhado de um grande grupo de traficantes fortemente armados. Eles se instalaram na área de mata, criando um cenário de verdadeiro estado de sítio para os moradores da região.
Os relatos dos moradores são de uma noite insone, marcada pelo medo e pela incerteza. “A gente não sabe o que pode acontecer. O som dos tiros e o movimento dos traficantes aqui na mata é constante. Estamos todos com muito medo”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.
A presença dos traficantes na área de mata do Vilar Carioca deixa clara a gravidade da situação. Os milicianos, por sua vez, se mantêm em alerta, prontos para qualquer novo confronto. Enquanto isso, a população se vê no meio desse fogo cruzado, sem saber para onde correr.
A Polícia Militar informou que está ciente da situação e que patrulhas foram enviadas para a região. No entanto, os moradores afirmam que a presença policial ainda é insuficiente para garantir a segurança da comunidade. “A gente precisa de uma ação mais forte, uma presença constante da polícia aqui. Do jeito que está, ninguém dorme tranquilo”, desabafa outro morador.
O Vilar Carioca vive um momento de extrema tensão. A comunidade aguarda ansiosamente por uma solução que devolva a paz e a tranquilidade ao bairro. Até lá, a incerteza e o medo continuam a fazer parte do cotidiano dos moradores.



