Um dia depois de Niterói votar maciçamente contra o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal, a Câmara do Rio realiza uma audiência pública sobre o assunto.
Para o vereador Jones Moura (PSD), presidente da Comissão especial de Segurança Pública da Câmara e um dos maiores defensores do armamento da GM, o prefeito Rodrigo Neves (PV) deu, com o perdão do trocadilho, um tiro no pé.
“Na nossa opinião, ele jogou para a galera, ao deixar a população decidir sobre um serviço essencial, mas que é de caráter estritamente técnico. Ele mostrou que, ao contrário do que dizia, não é verdadeiramente a favor da guarda armada. Hoje, Niterói não tem agentes da segurança pública: tem escoteiros”, dispara.
O vereador carioca — que também é guarda municipal — acredita que a corporação poderia, caso armada, reforçar a prevenção de crimes.
E diz que a rejeição dos niteroienses não vai mudar em nada o processo para implementar o “uso progressivo da força” no Rio.
Quer dizer, com um detalhe: ele não quer nem ouvir falar em plebiscito na cidade.
Vão participar da audiência pública nesta segunda-feira (30), a partir das 18h, várias associações de moradores e a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), além do secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, Coronel Amêndola, da Inspetora Geral da GM-Rio, Tatiana Mendes, e do secretário de Ordem Pública de Niterói, Coronel Gilson Chagas.