De acordo com um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os felinos podem apresentar alguns riscos à saúde humana especialmente quando arranham ou mordem. O estudo descobriu que a doença do arranhão de gato tem complicações mais graves do que os médicos e os investigadores acreditavam.
A infecção bacteriana é transmitida para gatos por meio das pulgas e depois se espalha entre os seres humanos através de arranhões, mordidas ou ao permitir que um gato lamba uma ferida aberta. Esse contato pode oferecer complicações graves, como problemas para o coração e cérebro, quando não são tratadas. Efeitos como dor de cabeça, febre e inchaço dos gânglios linfáticos, dor de garganta, perda de apetite e de peso, fadiga e mal-estar também podem ser sintomas da doença.
O relatório mostrou que cerca de 12.000 pessoas no ano são diagnosticadas com a doença da arranhadura do gato, e destas, 500 necessitam de hospitalização. Os casos foram mais evidentes nos estados do sul dos Estados Unidos e em casas com crianças de 5 a 9 anos de idade.
A boa notícia é que a doença pode ser evitada. Para isso, você não vai precisar se desvencilhar do seu animal de estimação. Segundo o CDC, lavar as mãos depois de brincar com um gato, manter o animal dentro de casa e tratá-lo contra as pulgas podem ajudar a reduzir as chances de infecção.
A doença
A Doença da Arranhadura do Gato (DAG), também conhecida como Febre da Arranhadura do Gato ou Doença de Teeny, é causada pela bactéria Bartonella henselae. A maneira mais precisa de identificar a doença, é através de um exame de sangue. Caso o paciente seja diagnosticado com a doença, é preciso realizar um tratamento com antibióticos como Amoxicilina, Cefitriaxona, Clindamicina, que eliminam as bactérias.
A maioria das pessoas que sofre da doença da arranhadura do gato se recupera em poucas semanas após o início do tratamento. No entanto, para aqueles com sistemas imunológicos comprometidos – como pacientes com HIV – a doença da arranhadura do gato pode levar a complicações graves, como a Encefalopatia e Neuroretinite. Por esse motivo, pode ser necessário que estes pacientes fiquem internados para o tratamento.