A AOM (Alliance for Open Media), a organização que reúne gigantes como Google, Microsoft, Amazon, Facebook e Netflix, finalizou em março a primeira versão do AV1, um codec que promete melhorar o streaming de vídeo pela internet. E o YouTube e a Netflix já começaram a experimentar a novidade.
Segundo o 9to5Google, o codec está em testes na versão beta do Chrome 70 e no Firefox Nightly para PC. O YouTube até criou uma playlist com 14 vídeos que foram produzidos usando o protocolo de compressão de vídeo AV1. De acordo com o AnandTech, há pelo menos um vídeo com o codec também na Netflix.
Em termos mais leigos, o AV1 é uma tecnologia que permite que os vídeos fiquem mais leves sem causar tanta perda de qualidade. Isso significa que você pode assistir a vídeos em uma resolução mais alta sem precisar aumentar a velocidade da sua conexão e sem consumir tantos dados no celular.
Segundo a AOM, o AV1 é capaz de igualar a qualidade de imagem das tecnologias que dominam o mercado atualmente (HEVC e VP9) utilizando entre 30% e 40% a menos de espaço, o que é altamente vantajoso para serviços de streaming. Mas para conferir a novidade no seu PC, o caminho é complexo.
Primeiro, você precisa ter o Chrome Beta ou o Firefox Nightly instalado no PC e rodando as atualizações mais recentes. No Chrome, é preciso acessar a URL chrome://flags e deixar ativadas as bandeiras “media.av1” e “media.mediasource.experimental“. Depois, é só acessar a página do TestTube, o laboratório de novos recursos do YouTube, e selecionar o AV1.
Os vídeos com essa tecnologia podem ser conferidos nesta playlist. Só não espere notar muita diferença. O codec só é usado em vídeos de resolução 480p ou inferior. Já a Netflix oferece apenas um vídeo usando o AV1 que pode ser rodado em 432p até 1080p. Usuários em conexões de alta velocidade dificilmente notarão a diferença, porém.
Estas restrições, por enquanto, têm a ver com limitações de hardware. Hoje, não existem ainda drivers de vídeo com suporte ao AV1, de modo que toda a compressão no YouTube e na Netflix é feita por software e pela CPU dos computadores. Num futuro não muito distante, a tecnologia certamente será usada para vídeos em 4K, HDR e milhões de cores diferentes.
Fonte: Olhar Digital :: Olhar Digital Geral