Apandemia do novo coronavírus adicionou um novo acessório à rotina da população: as máscaras faciais. As proteções servem como barreira física contra o vírus e podem ser reutilizadas ou descartadas, a depender do tipo de material.
O tempo máximo de uso ao longo do dia é de três horas, ou até o momento em que a proteção esteja úmida. As descartáveis, como as de TNT, não podem ser lavadas e, depois do uso, precisam ser descartadas. Proteções de tecido, por sua vez, permitem a reutilização, desde que armazenadas em sacos plásticos após o tempo máximo de uso para, posteriormente, serem higienizadas.
O que pouca gente sabe, porém, é que mesmo os itens reutilizáveis têm uma validade. Ao menos é o que orienta um guia elaborado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que defende que as máscaras de tecido devem ser lavadas, no máximo, 30 vezes.
Ou seja, se a pessoa utiliza a máscara regularmente, o ideal é utilizar uma por mês e depois trocar por outro modelo. A recomendação foi feita em documento no qual há orientações gerais sobre as máscaras de uso não profissional.
A infectologista Ana Helena Germoglio, do Hospital de Águas Claras, explica que o limite de uso ocorre devido ao desgaste do tecido, que faz com que a proteção perca a função de barreira. “É importante descartar a máscara sempre que apresentar sinais de deterioração ou funcionalidade comprometida”, diz.
Além disso, as máscaras perdem a validade quando as hastes de fixação no rosto ficam frouxas ou quando há deformidade no tecido. Esses fatores também diminuem a barreira contra o vírus. O descarte deve ser feito em saco papel ou plástico fechado em uma lixeira com tampa.
A remoção das proteções do rosto, independente do tipo, deve ser feita pelo elástico ao redor das orelhas. É contraindicado o toque na parte frontal da máscara, porque é a parte de contato direto com o vírus. Caso ocorra o toque, a Anvisa recomenda a higienização imediata das mãos com água e sabonete ou álcool 70%.
Limpeza
Segundo Ana Helena, a máscara deve ser lavada primeiro com água corrente e sabão neutro. Depois, deve ser colocada de molho de 20 a 30 minutos em solução composta por água potável e água sanitária. Para cada 500ml de água potável, coloque 10ml de água sanitária, o equivalente a uma colher de chá.
Por fim, enxague bem para retirar todos os resíduos de produtos. Após a lavagem, a máscara precisa secar ao sol e ser passada com ferro quente. O Metrópoles já mostrou como lavar a proteção no banho e na máquina lava-roupas. Ana garante que o modo como é higienizada não faz diferença, desde que ela fique de molho e os demais passos sejam seguidos.
Relevância
O diretor presidente-substituto da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirma no documento que usar a máscara facial pode ser uma “uma medida adicional de proteção para quem precisa sair”. A proteção evita que as gotículas de saliva das pessoas infectadas pairem sobre o rosto de quem não está infectado. Logo, reduzem a exposição e o risco de infecção para a população em geral.
Inovação
Por ter se tornado parte do cotidiana das pessoas, os modelos de máscaras faciais estão cada vez mais atualizados. Uma empresa americana, por exemplo, criou uma máscara transparente e com purificador.
Inovador e com uma estética mais “clean”, o item filtra o ar respirado pelo usuário e deixa nariz e boca visíveis para comunicação. A proteção é feita de silicone utilizado em implantes biomédicos, é resistente ao fogo e 100% reciclável. As máscaras estão disponíveis para crianças e adultos.