A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), da Câmara Municipal de São Paulo, protocolou um Projeto de Lei (PL) para proibir a realização de shows do rapper carioca Oruam na capital paulista. A parlamentar divulgou a informação em uma gravação publicada nesta quinta-feira (23), alegando que o artista promove apologia ao crime organizado em suas músicas e apresentações.
“Protocolei um projeto de lei que impede a prefeitura de São Paulo de contratar qualquer artista que faça apologia ao crime organizado em suas músicas e shows. Precisamos preservar os valores da nossa cidade e evitar que mensagens erradas sejam disseminadas”, afirmou Amanda Vettorazzo.
A proposta gerou uma grande repercussão nas redes sociais, principalmente entre os fãs de Oruam. Em resposta à iniciativa da vereadora, o cantor usou seu perfil para rebater as acusações e criticá-la duramente. Em uma série de stories publicados em sua conta oficial, Oruam chamou Vettorazzo de “doente mental”, “bobona” e “idiota”. Além disso, o rapper convocou seus seguidores a reagirem à publicação da vereadora, aumentando a polêmica em torno do caso.
A postura de Oruam gerou reações divididas entre os internautas. Enquanto seus fãs apoiaram o artista e criticaram a atitude da parlamentar, outras pessoas defenderam a iniciativa da vereadora, alegando que é necessário combater qualquer tipo de conteúdo que possa incentivar a criminalidade.
A polêmica reacendeu o debate sobre a liberdade de expressão na música e os limites entre arte e responsabilidade social. Especialistas apontam que o projeto de lei, caso aprovado, pode abrir precedentes para a proibição de outros artistas com conteúdos considerados controversos. Por outro lado, defensores do projeto acreditam que o poder público deve intervir em casos onde há a promoção de valores que vão contra a segurança pública.
Até o momento, Oruam não se manifestou oficialmente além das postagens em suas redes sociais, e a vereadora Amanda Vettorazzo também não respondeu às críticas do cantor. No entanto, a proposta de lei segue em tramitação na Câmara Municipal e poderá passar por novas discussões nos próximos dias.
Nas redes sociais, o tema segue entre os mais comentados, com opiniões acaloradas de ambos os lados. Alguns usuários criticam a tentativa de censura ao artista, enquanto outros apoiam a necessidade de maior controle sobre o conteúdo musical em eventos públicos.
Resta saber quais serão os próximos passos dessa polêmica que envolve política, cultura e liberdade de expressão.