A tensão é palpável nas comunidades da Quitanda e Gogó, onde os Traficantes do Quitanda (TCP) estão vivendo um período de incerteza e conflitos internos que podem indicar uma crise sem precedentes dentro da facção. Recentemente, informações vindas diretamente das ruas apontam para uma desaprovação crescente em relação à liderança do notório Gordão, também conhecido como Cheio de Ódio, cuja autoridade está sendo abertamente questionada pelos membros mais jovens e influentes do grupo.
Segundo relatos locais, Gordão, que uma vez foi visto como figura central na hierarquia do TCP, agora enfrenta uma rejeição explícita de seus próprios subordinados. Eles têm circulado avisos de que, caso ele apareça nas áreas que controlam, “vai levar bala”. Esse tipo de ameaça interna é raro e demonstra um nível de fratura interna que pode ser difícil de reparar.
A gota d’água parece ter sido a morte misteriosa do traficante Cafú, um evento que deixou muitos questionando as circunstâncias e buscando explicações que nunca vieram. Cafú era bem-quisto nas comunidades e considerado por muitos como um potencial sucessor para liderar o grupo, trazendo uma abordagem possivelmente mais moderna e menos violenta. Sua morte não explicada despertou suspeitas e teorias dentro da facção, alimentando ainda mais o descontentamento entre os jovens traficantes, que agora questionam não apenas as decisões de liderança, mas também a direção em que o grupo está se movendo.
Este cenário coloca o TCP em uma posição precária. Com divisões internas profundas e a perda de confiança na liderança, a facção pode estar à beira de um colapso ou de uma reestruturação significativa. Observadores e especialistas em segurança estão acompanhando de perto para ver se essa turbulência interna se transformará em uma guerra aberta ou se será o catalisador para uma mudança mais pacífica e estruturada dentro da facção. A única certeza é que os próximos meses serão cruciais para o futuro do TCP.