Foi enterrado na tarde deste sábado, no cemitério de Campo Grande, o corpo da universitária Hayssa Alves de Souza Andrade, 21 anos, que foi morta pelo cabo PM Jorge Luiz da Silva, 38 anos, que disparou mais de 20 tiros a queima roupa por causa de um funk numa festa em Campo Grande. “Tirou a vida de uma criança. Ele matou minha branquela. Um homem que deveria nos servir destruiu a nossa família”, desabafou Altair Araújo, tio e padrinho da vítima, entre lágrimas.
Durante o velório, a mãe de Hayssa, Eliane, sempre consolada pelos presentes, ficou o tempo todo ao lado do corpo da filha caçula. Ela tirou o véu que protegia o corpo e acariciou a testa da menina como sinal de despedida. A irmã mais velha, Dayane, 24 anos, não aguentou de emoção desmaiou, sendo aparada por familiares e amigos.
“A ideia era que a família toda passasse o Ano Novo lá em casa. Mas agora como será nosso fim de ano sem ela? A minha branquela estava tão animada. Era um doce de menina. Trabalhadora e estava estudando. Não vamos deixar que isso fique impune”, diz.
Um homem que deveria nos servir destruiu a nossa família”Altair Araújo, tio e padrinho de Hayssa
Segundo um parente da vítima, o policial militar estava embriagado na noite do crime. “Ele tentou assediar não só ela, quanto todo mundo que estava lá. Mas a Hayssa não deu confiança. Não sei muito porque não estava lá. Só quero justiça”, diz Araújo, que emocionado não quis ficar até o fim do sepultamento. “Vim me despedir. Ela está com Deus agora”.
Um cortejo muito emocionado prestou as últimas homenagens à jovem com palmas, flores e muitas palavras de amor. “Sentirei saudade dela”, disse uma amiga, que pediu para não ser identificada, ao depositar um buquê de rosas.