Com barras de ferro e de madeira, grupo de mascarados leva pânico a passageiros de trem na Zona Oeste do Rio
Passageiros relataram ter passado por momentos de pânico dentro de um trem da Supervia, na noite desta segunda-feira, na Zona Oeste do Rio. A confusão aconteceu, de acordo com testemunhas, depois que um bando de jovens mascarados entrou em um trem do ramal Santa Cruz. Eles seguravam pedaços de madeira e barras de ferro. A correria e o tumulto aconteceram próximo à estação Augusto Vasconcelos, segundo passageiros. Quem estava no interior do veículo pensou que era um arrastão, mas não há informações de roubos. conteuda_relacionado
— No desespero, ficou todo mundo empurrando todo mundo. O trem estava bem cheio e do nada todos começaram a correr gritando “arrastão”. Foi um tumulto até a hora em que conseguimos desembarcar do trem e subimos as escadas da estação. Foi nesse momento que olhei para baixo e vi os meninos com enxadas, foices, barras de ferro e de madeira nas mãos. Na correria, muitos passageiros deixaram as bolsas caírem e não conseguiram pegar a tempo — disse Deiverson Oliveira, de 21 anos, que estava no interior do trem acompanhando uma amiga que está grávida.
A baderna realizada pelo bando mascarado aconteceu pouco antes das 22h e terminou na estação Augusto de Vasconcelos:
— Eles estavam com roupas diferentes, mas escondiam os rostos. Alguns vestiam uniforme de garis, outros estavam apenas com um pano enrolado na cabeça e tinham outros com máscaras também. Muitos com roupas rasgadas — acrescentou o jovem.
Testemunhas contaram ainda que havia apenas um funcionário da Supervia na estação no momento da correria dos passageiros em pânico, perto da roleta, mas sem seguranças no local. Ainda de acordo com quem estava no trem, com o grande susto, pessoas acabaram passando mal.
Pelas redes sociais, internautas que afirmaram estar no interior da composição alvo do bando mascarado relataram os momentos de tensão pelo qual passaram. “Estava nesse trem. Foi uma correria e um pânico sem fim. Horrível! Pessoas sendo pisoteadas, e o pior é que não tinha ninguém para defender os trabalhadores. Sensação de impunidade”, escreveu uma mulher.
“Estávamos eu e minha filha no trem. Foi muita correria, um desespero só! Tivemos que nos jogar no chão, pois bateram nas janelas enquanto o trem saia da estação de Vasconcelos”, comentou outra pessoa na mesma rede social.
Um outro perfil na internet afirmou que tudo “nada teria sido roubado”. A ação, portanto, teria se tratado de uma espécie de “brincadeira” de mau gosto. Não há informações de pessoas feridas ou pertences roubados durante o tumulto.