A Prefeitura do Rio de Janeiro deu início, nesta quinta-feira (2), a uma operação especial para fiscalizar bares, restaurantes, supermercados, quiosques e casas de show. A ação tem como objetivo coibir a comercialização de bebidas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica que pode causar intoxicação grave e até levar à morte.
O alerta nacional foi acionado após a confirmação de 43 casos suspeitos de intoxicação por metanol no Brasil, sendo 39 em São Paulo e 4 em Pernambuco, com seis mortes registradas. Diante do risco, a capital fluminense decidiu agir de forma preventiva, intensificando a fiscalização para evitar que o problema atinja o estado.
No primeiro dia da operação, 20 equipes da Vigilância Sanitária percorreram 61 estabelecimentos em diferentes regiões do Rio. Durante as inspeções, três locais foram interditados por apresentarem condições precárias de higiene. Além disso, diversas bebidas com rótulos irregulares foram apreendidas e descartadas. Também foram coletadas amostras para análise laboratorial, com o objetivo de identificar possíveis adulterações.
Apesar da gravidade do cenário em outros estados, não há registros de intoxicação por metanol no Rio de Janeiro até o momento. As autoridades reforçam, no entanto, que a população deve ficar atenta e denunciar qualquer suspeita de venda de produtos irregulares.
De acordo com especialistas, o metanol é uma substância altamente perigosa: quando ingerido, pode provocar sintomas como dor abdominal, tontura, falta de ar, convulsões, perda da visão e até falência de órgãos. A ingestão, mesmo em pequenas quantidades, pode ser fatal.
A Prefeitura informou que as fiscalizações continuarão nos próximos dias, ampliando o número de bairros atendidos. O objetivo é garantir a segurança da população e impedir que tragédias semelhantes às ocorridas em São Paulo e Pernambuco se repitam na cidade.