O risco de um asteroide atingir a Terra em 22 de dezembro de 2032 aumentou para 2,6%, segundo uma nova atualização da NASA divulgada nesta semana. O valor supera a estimativa anterior de 2,2% registrada ontem, intensificando as preocupações da comunidade científica e do público em geral.
Esse percentual é um dos mais altos já atribuídos a um objeto espacial de grande porte. Para se ter uma ideia, a maior avaliação de risco já registrada para um asteroide foi de 2,7% em 2004, quando o asteroide Apophis passou a ser monitorado de perto pelos astrônomos. Felizmente, análises posteriores descartaram qualquer possibilidade de impacto catastrófico naquela ocasião.
O asteroide em questão, identificado como 2032 NT7, tem dimensões estimadas em centenas de metros e viaja a uma velocidade altíssima pelo espaço. Caso venha a colidir com a Terra, os impactos poderiam ser devastadores, dependendo do local da queda. Entre as possíveis consequências estão explosões atmosféricas de alta magnitude, tsunamis em caso de impacto no oceano e até um inverno de impacto caso grande quantidade de poeira seja lançada na atmosfera.
Especialistas explicam que, apesar do aumento do risco, as chances ainda são relativamente baixas. “Uma probabilidade de 2,6% significa que há 97,4% de chance de que o asteroide não atinja a Terra”, afirmou um dos pesquisadores da NASA. No entanto, qualquer valor acima de 1% já é considerado digno de atenção máxima dentro da astronomia planetária.
A NASA e outras agências espaciais internacionais, como a ESA (Agência Espacial Europeia), continuam monitorando o asteroide para calcular com mais precisão sua órbita. Observações adicionais, feitas com telescópios terrestres e espaciais, podem refinar os cálculos e até reduzir a probabilidade de impacto conforme mais dados forem coletados.
Além do monitoramento, cientistas também discutem possíveis estratégias para desviar asteroides que representem ameaça real. Entre as opções estudadas estão o uso de espaçonaves para alterar a trajetória do objeto por meio de impacto controlado ou a aplicação de tecnologias de tração gravitacional para puxar o asteroide lentamente para uma rota segura.
Enquanto isso, o mundo observa com atenção os próximos comunicados da NASA e aguarda por novas atualizações sobre o status do 2032 NT7. Ainda que a probabilidade de impacto continue pequena, qualquer variação nos cálculos pode alterar significativamente a maneira como o planeta se prepara para essa possibilidade.
Por enquanto, especialistas pedem cautela e ressaltam que a ciência está mais preparada do que nunca para lidar com ameaças vindas do espaço. Mas, caso os números não mudem, 22 de dezembro de 2032 pode entrar para a história como uma data crucial para o destino da Terra.