Após um mês de internação em estado grave, a agente de saúde Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), deixou a unidade de terapia intensiva (CTI) neste sábado (25). A transferência para a enfermaria representa um avanço significativo em sua recuperação e tem surpreendido a equipe médica, que acompanha de perto sua evolução clínica.
Juliana foi atingida durante uma abordagem policial que gerou grande repercussão e indignação pública. O caso, amplamente noticiado, levantou questionamentos sobre a conduta dos agentes envolvidos e reacendeu o debate sobre o uso excessivo da força pelas forças de segurança. Desde então, a família da vítima tem mobilizado apoio nas redes sociais e buscado justiça para esclarecer as circunstâncias da ação policial que quase tirou sua vida.
De acordo com o último boletim médico, a paciente apresenta melhora significativa em seu quadro neurológico e clínico, o que possibilitou a transferência para um ambiente menos crítico. Os médicos destacam que, apesar da gravidade do ferimento, Juliana tem respondido bem aos tratamentos e demonstra força de vontade e resiliência, fatores considerados essenciais para sua recuperação.
A notícia da saída da agente de saúde do CTI trouxe um alívio para amigos e familiares, que acompanham sua batalha desde o início. “Estamos muito felizes e agradecidos por cada pequena vitória. Sabemos que ainda há um longo caminho pela frente, mas Juliana é uma guerreira”, afirmou um parente próximo.
Ainda sob cuidados intensivos na enfermaria, Juliana continuará recebendo suporte médico especializado e passando por sessões de fisioterapia e acompanhamento psicológico. Os médicos ressaltam que o processo de reabilitação exigirá paciência e dedicação, mas a expectativa é otimista, dada a evolução positiva apresentada até o momento.
O caso de Juliana continua sob investigação pelas autoridades competentes. A PRF, em nota, informou que está colaborando com as investigações e que os agentes envolvidos na ocorrência foram afastados de suas funções até a conclusão do inquérito. Organizações de direitos humanos também acompanham o caso de perto, cobrando medidas para que situações como essa não voltem a se repetir.
Nas redes sociais, mensagens de apoio e solidariedade não param de chegar. Internautas criaram campanhas de incentivo à recuperação de Juliana e reforçam o pedido por justiça. “Que sua recuperação seja completa e que a justiça seja feita”, comentou um usuário em uma publicação recente.
Enquanto a agente de saúde segue seu tratamento, a sociedade aguarda respostas sobre o ocorrido. Para a família, a prioridade agora é garantir que Juliana tenha todo o suporte necessário para sua reabilitação e que o episódio sirva de alerta para a necessidade de uma abordagem policial mais responsável e humanizada.