Uma operação da Polícia Civil resultou na prisão de um dos traficantes mais antigos e influentes do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Conhecido como Chocolate, o criminoso foi detido enquanto realizava uma avaliação para um procedimento estético, parte de sua tentativa de modificar a aparência para driblar as forças de segurança.
Chocolate era apontado como o “químico” da facção Terceiro Comando Puro (TCP), sendo o responsável pela manipulação e produção de drogas dentro da comunidade. Segundo as autoridades, ele atuava no tráfico há impressionantes 40 anos, sendo um dos criminosos mais experientes e estratégicos do grupo.
No momento da abordagem, ele se preparava para mais uma sessão de harmonização facial, um procedimento que já havia iniciado com o intuito de alterar seus traços físicos e dificultar seu reconhecimento. A polícia acredita que Chocolate vinha adotando diversas técnicas para evitar ser identificado, incluindo mudança de rotas e aparência.
A investigação que levou à prisão do traficante envolveu meses de monitoramento e reuniu informações cruciais sobre seus deslocamentos e estratégias de fuga. O uso de procedimentos estéticos por criminosos para despistar as autoridades é uma tática cada vez mais observada, especialmente entre traficantes de alta periculosidade.
A captura de Chocolate representa um duro golpe contra o crime organizado na Maré, uma região conhecida pela forte presença de facções criminosas e confrontos com as forças de segurança. Segundo a polícia, além de sua função como “químico”, ele também era um dos principais articuladores da logística do tráfico de drogas na comunidade, atuando na distribuição de substâncias para diferentes pontos de venda.
Com a prisão, a polícia espera avançar em novas investigações sobre o funcionamento do tráfico na Maré e a identificação de outros envolvidos. As autoridades reforçam a importância da colaboração da população com informações que possam auxiliar nas operações de combate ao crime.
A prisão de Chocolate é mais um exemplo de como o crime organizado busca novas formas de se esquivar da Justiça, mas também demonstra a eficiência das forças de segurança na captura de criminosos perigosos que atuam há décadas no Rio de Janeiro.