Em uma reviravolta surpreendente, a Polícia Civil de Bangu, sob a liderança do delegado Fábio Luiz da Silva, concluiu que Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, não tentou retirar outro benefício em nome de Paulo Roberto Braga antes do incidente chocante que capturou a atenção nacional e internacional. O caso se refere ao episódio em que Érika, acusada de tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil com o cadáver do idoso, afirmou que estava cumprindo um último desejo do tio, que precisava do dinheiro para comprar uma TV nova e reformar sua residência.
O inquérito revelou que esta foi a única tentativa de saque em conjunto feita por Érika e seu tio, ocorrida em uma agência do Itaú localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O episódio veio à tona após falhar em realizar o saque, e desde então, Érika se encontra presa, enfrentando acusações graves de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.
A defesa de Érika, conduzida pela advogada Ana Carla Corrêa, insiste que Paulo estava vivo ao chegar ao banco, apesar dos graves problemas de saúde que vinha enfrentando, incluindo alcoolismo e dependência de cadeira de rodas. A advogada ressalta a dinâmica familiar única em que Paulo vivia, compartilhando um extenso terreno com várias casas onde membros da família cuidavam uns dos outros. “Paulo sempre foi uma pessoa independente, mas recentemente sua saúde deteriorou, não apenas devido à idade, mas também como consequência de seu alcoolismo”, explica Corrêa.
As investigações adicionais incluíram o pedido do delegado Silva pelo sigilo bancário de Érika para aprofundar a análise de suas atividades financeiras, buscando esclarecer completamente as circunstâncias que levaram ao trágico dia no banco. Este pedido é um passo crucial para entender não apenas as ações de Érika naquele dia fatídico, mas também para revelar o contexto mais amplo de suas interações financeiras com Paulo antes de sua morte.
Enquanto o caso continua a desenrolar-se, a comunidade e os observadores aguardam ansiosamente por mais desenvolvimentos. O que é certo, no entanto, é que esse caso bizarro destaca as complexas interações familiares e as extensões desesperadas que alguns podem tomar em face das adversidades financeiras e pessoais. A verdade, como sempre, promete ser mais estranha do que a ficção.