Na madrugada de sexta para domingo, um dramático golpe de estado ocorreu na região de Guandu, Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, marcando um ponto crítico na escalada de violência associada à milícia local. O golpe foi executado de maneira brutal e calculista pelos próprios membros da organização, resultando na morte de pelo menos seis milicianos.
Segundo informações da polícia militar do Rio de Janeiro
Os indivíduos mortos durante o conflito foram identificados pelos apelidos de Caolha, Eddynho, DJ Matheus, Carranca, Vitor Mamae e Babão.
O miliciano Eddynho foi morto na reta do João XXIII em Santa Cruz
Essas figuras eram conhecidas como integrantes do Grupo de Ação Tática (GAT) da milícia liderada por Nanan e eram considerados próximos de Waguinho, o então chefe da milícia.
Os eventos que levaram ao golpe ainda estão sob investigação, mas fontes indicam que as tensões internas vinham se intensificando nos últimos meses, culminando nesta noite de traição e violência. O corpo de Eddynho foi encontrado hoje, boiando nas águas do Rio Guandu, um sinal sombrio que ressalta a brutalidade do ataque. Até o momento, os corpos de Caolha, DJ Matheus e Carranca ainda não foram encontrados, aumentando a angústia e a incerteza na região.
A repercussão deste golpe é significativa e levanta questões sobre o futuro da governança local e o impacto na segurança dos moradores de Santa Cruz. A morte dessas figuras centrais sugere uma possível desintegração ou reestruturação dentro da milícia, o que poderia levar a um vácuo de poder, com novos conflitos emergindo para preencher a lacuna deixada.
Além das consequências imediatas, o golpe também simboliza um possível fim para o conflito armado na área. Com as principais figuras de comando eliminadas, pode-se esperar uma diminuição nos confrontos, mas o cenário permanece incerto. A comunidade local, já cansada da constante tensão e violência, anseia por paz e estabilidade.
As autoridades estão intensificando as investigações para entender melhor as dinâmicas internas da milícia e identificar todos os envolvidos no golpe. A segurança foi reforçada na região para prevenir mais derramamentos de sangue e tentar restaurar a ordem em uma área há muito atormentada por conflitos armados.
Este evento é um lembrete sombrio da realidade violenta que grupos armados ilegais podem trazer para comunidades locais, destacando a urgente necessidade de respostas eficazes e sustentadas por parte do Estado para garantir a segurança e a justiça para todos os cidadãos.
A população de Santa Cruz, por ora, observa cautelosamente o desenrolar dos acontecimentos, esperando que este trágico episódio marque o início de uma nova era menos marcada pela violência e pela dominação de grupos milicianos. Enquanto isso, o impacto deste golpe ressoa não apenas em Guandu, mas por toda a cidade do Rio de Janeiro, servindo como um ponto de inflexão crucial para a política de segurança pública na região.