Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece internada em estado gravíssimo cinco dias após ser baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro, na noite da véspera de Natal. O caso, que chocou familiares, amigos e a comunidade, levanta questões sobre o uso de força em operações policiais.
A jovem foi atingida por disparos enquanto estava em um veículo que, segundo a PRF, desobedeceu a uma ordem de parada. De acordo com informações preliminares, a abordagem ocorreu em uma rodovia movimentada, e os agentes justificaram a ação dizendo que o carro teria se comportado de maneira suspeita. No entanto, familiares de Juliana contestam essa versão, afirmando que ela não oferecia nenhum risco à segurança pública e que os tiros foram disparados de forma desproporcional.
Desde o incidente, Juliana está internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde passou por cirurgias de emergência para tratar os ferimentos causados pelos disparos. Apesar dos esforços da equipe médica, seu estado de saúde permanece crítico, com poucas respostas aos tratamentos realizados até o momento.
Revolta e Pedido por Justiça
O caso tem gerado revolta nas redes sociais e manifestações de moradores e ativistas, que questionam a conduta da PRF e pedem por justiça. “Minha filha saiu para comemorar o Natal e acabou em um hospital, entre a vida e a morte. Queremos explicações e respostas rápidas das autoridades”, disse Maria Rangel, mãe da jovem, em entrevista a jornalistas.
Organizações de direitos humanos também entraram no caso e cobram uma investigação rigorosa. “Estamos lidando com mais um caso onde a força policial é usada de forma excessiva, colocando vidas inocentes em risco”, afirmou um representante do Instituto de Defesa da Cidadania (IDC).
Investigações em Curso
A PRF informou que está conduzindo uma apuração interna sobre os fatos e que os agentes envolvidos foram afastados preventivamente. Paralelamente, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso, ouvindo testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer as circunstâncias da abordagem.
Enquanto isso, familiares e amigos de Juliana seguem em vigília, com esperanças de sua recuperação e na expectativa por respostas claras sobre a tragédia que abalou o Natal de sua família.