A guerra silenciosa — mas sangrenta — entre facções criminosas e grupos paramilitares na Zona Oeste do Rio de Janeiro fez mais uma vítima nesta domingo. De acordo com informações obtidas por fontes locais, um integrante da milícia comandada por Naval, conhecido como Curupira do Gouveia, foi executado por criminosos ligados à tropa do RD, traficante do Comando Vermelho (CV) em um jogo de futebol, a vítima estava jogando, quando morreu
O crime aconteceu no bairro de Paciência, região marcada por constantes disputas territoriais entre milicianos e traficantes. O avanço da tropa liderada por RD vem sendo notado por moradores e agentes de segurança que acompanham o conflito de perto. O episódio desta semana reforça o que tem se tornado uma realidade preocupante: a milícia chefiada por Zinho e Naval vem sofrendo baixas significativas e sucessivas nas últimas semanas.
🚨 Milicianos estão sendo mortos quase diariamente na Zona Oeste
A ofensiva do Comando Vermelho tem sido descrita por especialistas como um movimento estratégico e bem coordenado. A milícia, que durante anos dominou regiões como Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, agora parece não conseguir conter o avanço agressivo da facção rival. “O que estamos vendo é a inversão do domínio em várias áreas. A tropa do RD tem atuado com extrema violência e, ao mesmo tempo, mostrado poder de articulação”, relatou um policial sob anonimato.
Fontes locais relatam que a execução de Curupira seria uma retaliação por ações anteriores atribuídas ao grupo de Naval. Ainda segundo moradores da região, a presença da tropa do RD tem aumentado, com patrulhamentos armados, abordagens a suspeitos e até imposição de regras para os comerciantes locais — comportamento típico da ocupação territorial por facções.
🚨 Milícia de Naval e Zinho enfraquecida: cenário é de guerra fria
A guerra que se desenrola na Zona Oeste é considerada uma “guerra fria” por especialistas, pois muitos confrontos ocorrem fora do alcance imediato das autoridades, sem grandes confrontos diretos ou operações visíveis da polícia. Ainda assim, os números de homicídios, desaparecimentos e execuções aumentaram significativamente em bairros-chave, como Gouveia, Urucânia, Cesarão e Antares.
A população, como sempre, paga o preço mais alto. Moradores vivem sob o medo constante de serem pegos no fogo cruzado ou sofrerem represálias por “andar no lugar errado” ou “falar com a pessoa errada”. A sensação de abandono por parte do Estado aumenta a cada novo corpo deixado nas ruas.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a execução de Curupira.