O Brasil registrou um desempenho histórico na geração de empregos com carteira assinada em abril de 2025. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o país alcançou um saldo positivo de 257.528 novas vagas formais, o melhor resultado para o mês de abril desde o início da série histórica, em 2020.
O número é fruto de 2.282.187 admissões contra 2.024.659 desligamentos ocorridos ao longo do mês. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo também é expressivo: 1.641.330 postos de trabalho foram criados no país. Já o total de vínculos ativos com carteira assinada chegou a 48.124.423, representando um crescimento de 0,54% em relação a março.
Outro destaque é que todos os estados brasileiros apresentaram saldo positivo na criação de empregos em abril, reforçando a tendência nacional de recuperação. Os maiores volumes foram registrados em:
- São Paulo: 72.283 novas vagas (+0,50%)
- Minas Gerais: 29.083 novas vagas (+0,58%)
- Rio de Janeiro: 20.031 novas vagas (+0,51%)
Entre os setores da economia, o de serviços liderou com folga na geração de empregos, criando 136.109 postos. Em seguida vieram:
- Comércio: 48.040 empregos
- Indústria: 35.068 empregos
- Construção civil: 34.295 empregos
- Agropecuária: 4.025 empregos
Além do crescimento no número de vagas, houve também avanço no rendimento dos trabalhadores. O salário médio real de admissão em abril foi de R$ 2.251,81, um aumento de R$ 15,96 (+0,71%) em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2024, o aumento real foi de R$ 6,62 (+0,28%), já descontada a inflação.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, avaliou os resultados como positivos e fruto do esforço do governo para estimular a economia. No entanto, fez críticas à atual taxa básica de juros (Selic), mantida em 14,75%, classificando-a como “excessivamente elevada”. Segundo o ministro, é necessário “calibrar melhor a política monetária pensando no futuro do país”.
Os dados apontam para um cenário otimista no mercado de trabalho brasileiro, mesmo diante dos desafios macroeconômicos. A continuidade desse ritmo dependerá do equilíbrio entre estímulos à produção e medidas que favoreçam o consumo e os investimentos.