🎶 Justiça em Campo: Milton Nascimento Processa Cruzeiro por Uso Indevido de Música em Anúncio de Gabigol
O lendário cantor e compositor Milton Nascimento decidiu entrar na Justiça contra o Cruzeiro Esporte Clube após a utilização não autorizada de uma de suas obras em um vídeo promocional do clube. A ação judicial foi protocolada após o time mineiro usar a canção “Clube da Esquina nº 2”, um clássico da música brasileira, no vídeo que anunciou a contratação do atacante Gabigol, no dia 1º de janeiro de 2025.
A peça publicitária, amplamente divulgada nas redes sociais e em veículos de comunicação, usou trechos da música composta por Milton Nascimento e Lô Borges, ícones do movimento musical “Clube da Esquina”, sem que houvesse qualquer pedido formal de autorização ou pagamento dos devidos direitos autorais.
De acordo com os advogados de Milton, o artista considerou a atitude do Cruzeiro desrespeitosa e ilegal, uma vez que a música tem profundo valor simbólico e não deve ser vinculada a ações comerciais ou promocionais sem seu consentimento. Além disso, o cantor reforçou que a utilização da obra em contexto esportivo fere sua integridade artística e a forma como deseja que sua obra seja associada ao público.
Na ação, Milton Nascimento pede indenização por danos morais e materiais, além da remoção imediata do vídeo das plataformas digitais do clube. A equipe jurídica do artista também solicitou a proibição do uso futuro da obra, com aplicação de multa caso o clube reincida no uso indevido da música.
O Cruzeiro, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre o processo, mas fontes próximas à diretoria afirmam que o clube considerou a música uma “homenagem ao movimento mineiro” e que acreditava estar “dentro do direito de uso”, o que será contestado judicialmente.
O caso ganha ainda mais destaque por envolver dois ícones de Minas Gerais — o Cruzeiro, tradicional clube do estado, e Milton Nascimento, um dos maiores nomes da música brasileira, com raízes profundas na cultura mineira. O processo levanta novamente a discussão sobre o uso de obras artísticas em campanhas publicitárias e esportivas sem autorização prévia, prática cada vez mais combatida por artistas e entidades de proteção aos direitos autorais.
A expectativa é que o julgamento traga repercussões importantes no cenário cultural e esportivo, especialmente sobre os limites entre homenagens e a proteção legal das obras intelectuais.