O Rio de Janeiro amanheceu em chamas nesta sexta-feira com uma operação cinematográfica da Polícia Civil dentro do Complexo da Maré, uma das regiões mais conflagradas da Zona Norte da cidade. A ação, que transformou as vielas em cenário de guerra, terminou com a morte do temido traficante “Cria”, também conhecido como “Di Ferro”, apontado como uma das principais lideranças do Terceiro Comando Puro (TCP).
Segundo informações oficiais, o bandido caiu em meio a uma troca de tiros intensa que mais parecia uma batalha campal. Moradores relataram momentos de puro desespero: “As rajadas não paravam, parecia que o mundo ia acabar!”, contou uma moradora apavorada, que se trancou com os filhos no banheiro para escapar das balas perdidas.
A morte de Di Ferro é considerada um duro golpe contra a facção criminosa, que há anos controla bocas de fumo e espalha o terror não só na Maré, mas também em comunidades vizinhas. Fontes ligadas à polícia revelam que o traficante era conhecido por sua frieza e violência, sendo responsável por ordenar execuções sumárias e ataques contra grupos rivais.
Durante a operação, agentes fortemente armados usaram blindados e helicópteros sobrevoaram a região, criando um clima de pânico que paralisou o bairro. Escolas suspenderam as aulas, com centenas de alunos impedidos de sair de casa, enquanto comerciantes fecharam suas portas às pressas.
Ainda não há confirmação do número total de presos ou apreensões, mas a Polícia Civil garante que a operação vai continuar. “Estamos sufocando o crime organizado. A morte desse indivíduo mostra que o Estado não se rende”, declarou um porta-voz.
O Rio, mais uma vez, assiste a um capítulo sangrento da sua guerra urbana — e a população, refém do medo, segue perguntando: até quando?