Quem passa pela esquina da rua Sonata ao Luar com a rua Estado do Mato Grosso do Sul, na zona leste de São Paulo, encontra um muro que recentemente ganhou novas cores.
As mensagens “Matam AgathaS para que não se tornem MarielleS”, “Vidas negras importam” e “Agatha presente” compõem o mural com uma representação de Ágatha Félix. O trabalho foi feito por dois artistas visuais que vivem na Vila Yolanda II, bairro que pertence ao distrito de Cidade Tiradentes.
Ágatha Félix, 8, foi assassinada no complexo do Alemão, Rio de Janeiro, em 20 de setembro deste ano, com um tiro nas costas enquanto estava dentro de uma kombi. As investigações ainda não foram concluídas sobre de onde partiu o disparo.
“Quando Ágatha foi assassinada ficamos inteiramente abalados, por motivos óbvios: fazemos atividades com crianças, convivemos com elas e depositamos nossa fé nelas. Ver um acontecimento desses é como morrer junto”, conta Helton Silva, 27.
Ele é responsável pela comunicação e integrante do Instituto Du Gueto, coletivo que nasceu e atua em Cidade Tiradentes promovendo cultura e educação.