Uma tragédia brutal chocou o Ceará nesta segunda-feira (20). A cozinheira Antônia Ione Rodrigues da Silva, de 45 anos, foi assassinada a tiros por traficantes do Comando Vermelho após se recusar a envenenar a comida de policiais militares. O crime ocorreu na frente dos dois filhos da vítima, entre eles uma menina de apenas 12 anos.
Segundo informações de moradores, Antônia trabalhava em uma pequena lanchonete da região e era conhecida pela simpatia e dedicação. Ela teria sido procurada por criminosos ligados ao tráfico, que exigiram que colocasse veneno na comida destinada a policiais que frequentavam o local. Diante da recusa, os traficantes voltaram horas depois e a executaram sem piedade.
Testemunhas relataram momentos de terror e desespero. A filha mais nova da vítima chorava e implorava para que os criminosos não atirassem, mas foi em vão. Após o crime, os bandidos fugiram em motocicletas, deixando a comunidade em choque.
A Polícia Civil investiga o caso e já trabalha com a hipótese de retaliação criminosa. Equipes do Batalhão de Choque e do Raio reforçaram o patrulhamento na área. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Antônia Ione deixa dois filhos e uma história marcada pela coragem e honestidade. Amigos e familiares descreveram a cozinheira como uma mulher trabalhadora e respeitada por todos. O assassinato gerou comoção nas redes sociais, com centenas de mensagens pedindo justiça e fim da violência que assola o estado.
Autoridades locais prometeram empenho máximo nas investigações e reforçaram o pedido para que denúncias anônimas sejam feitas à polícia. O caso reacende o debate sobre o avanço do crime organizado e a vulnerabilidade de trabalhadores inocentes nas comunidades dominadas por facções.